Motor

A pista que mataram e a pista que não nasceu

UMA SALETA do Complexo Maria Lenk recebeu uma reunião de peso na quarta-feira.

Estavam lá Márcio Fortes, que comanda a Autoridade Pública Olímpica, Eduardo Paes, prefeito do Rio, Régis Fichtner, secretário da Casa Civil do governo Cabral, Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e do comitê organizador da Rio-16, e Cleyton Pinteiro, da Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA).

O objetivo, tentar fazer as coisas finalmente andarem.

Coisas importantes, no caso, ou essa turma toda não teria baixado em Jacarepaguá. Parque Olímpico e o autódromo de Deodoro. E uma tem muito a ver com a outra.

Um acordo judicial firmado antes do Pan de 2007, no Rio de Janeiro, estabelece que a pista atual só será destruída depois que começar a construção do novo circuito. E, sem a destruição do que resta lá hoje, não há como iniciar as obras do Parque Olímpico para os Jogos de 2016.

O papel está assinado. O problema é que as três esferas de governo, vidradas apenas em Olimpíada e Copa, não parecem dispostas a cumprir a segunda parte.

Como já não cumpriram outro ponto: a prefeitura se comprometia a realizar, em 2008, obras que devolvessem nota internacional ao arremedo de circuito que lá restou.

Uma piada de mau gosto. Quem circula por lá tem medo de pegar tétano ou dengue. Em janeiro, esse conveniente "esquecimento" virou inquérito no Ministério Público do Estado do Rio.

O resultado da reunião? A promessa, para a CBA, de um cronograma de obras para Deodoro até o fim do mês.

É pouco. Melhor garantia é tijolo e concreto.

Quem destruiu um dos melhores traçados do mundo e não cumpriu o que assinou não se importaria de fazê-lo de novo.

Que a CBA não caia nessa.

F-1

CONSULTORIA

Quando Barrichello, lá da Indy, diz que Massa precisa "relaxar", aconselha-o a "fechar os olhos e se curtir" e opina que a Ferrari tem "adoração por Alonso" é porque alguma coisa está errada. Cada vez mais a situação atual em Maranello parece a reedição de uma história já vivida. Não, o problema não é "adoração" por quem quer que seja...

MotoGP

COMPETIÇÃO

A MotoGP começa a temporada (enfim) no final de semana, no Qatar. Bicampeão em 2011, Stoner acha que não terá vida tão fácil agora. No último dia da pré-temporada, em Jerez, o australiano foi o mais rápido, mas desbancando Lorenzo apenas nos instantes finais -e por mísero 0s173. Pedrosa, Spies e Rossi também mostraram que podem aprontar neste ano.