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Elogios a Fidel Castro rendem gancho a técnico de beisebol de Miami

Mike Erhmann/France Presse
Manifestantes xingam e pedem a demissão do treinador dos Marlins, em Miami
Manifestantes xingam e pedem a demissão do treinador dos Marlins, em Miami

DE SÃO PAULO

O treinador venezuelano Ozzie Guillen, 48, foi suspenso por cinco jogos pela direção do seu time, o Miami Marlins, que disputa a MLB, a liga de beisebol profissional dos Estados Unidos, após dar declarações elogiosas ao líder cubano Fidel Castro.

Em entrevista à revista "Time" publicada anteontem, Guillen declarou: "Eu amo Fidel Castro".

"Eu respeito Fidel Castro. Sabe por quê? Um monte de gente tentou matá-lo nos últimos 60 anos, e ele continua lá", disse Guillen à revista.

A declaração vai de encontro à política do time, que tem como objetivo principal atrair o público latino de Miami.

O Marlins, que até a temporada passada carregava o nome Flórida em vez de Miami, acaba de inaugurar um superestádio de teto retrátil no valor de US$ 634 milhões (cerca de R$ 1,1 bilhão).

A arena fica em um bairro da cidade conhecido como Little Havana (pequena Havana), devido à grande quantidade de cubanos na região.

A distância geográfica entre os países é de pouco mais de 140 quilômetros pelo mar do Caribe. Por causa do embargo americano a Cuba, muitos cubanos tentam chegar aos Estados Unidos ilegalmente de barco, e a maioria permanece em Miami.

A contratação de Guillen neste ano fazia parte dos planos da equipe de conquistar a simpatia dos latinos.

Coincidência ou não, o treinador é da Venezuela, um dos maiores parceiros de Cuba geopoliticamente.

A diretoria do Marlins ordenou que Guillen voasse da Filadélfia, onde estava para um jogo, e voltasse a Miami.

Ontem, Guillen culpou um erro de tradução pela polêmica. "Pensei em espanhol e saiu errado em inglês", justificou-se. "Todos no mundo odeiam Fidel, inclusive eu."

O treinador é conhecido no beisebol por declarações polêmicas. Ele foi mandado embora do Chicago White Sox por causa de seu temperamento explosivo. Em 2006, usou termos homofóbicos ao se dirigir a um repórter.

O contrato do venezuelano com o Marlins é de quatro anos e lhe renderá US$ 10 milhões (R$ 18 milhões).

Com as agências de notícias

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