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Clube ainda não pagou por Wesley

PALMEIRAS
Primeira parcela pelo jogador, que será operado hoje, venceu no último dia 30

RAFAEL REIS
DE SÃO PAULO

Wesley chegou, treinou por mais de um mês antes de ter sua contratação anunciada, disputou quatro partidas, sofreu uma grave lesão e pode não mais jogar em 2012. E o Palmeiras nem começou a pagar pela vinda do reforço.

O clube ainda deve a primeira parcela de € 2 milhões (R$ 4,8 milhões) do negócio, que venceu em 30 de março.

A verba já foi repassada pela TokSai, fundo que bancou o investimento inicial. Mas não chegou ao Werder Bremen, antigo detentor dos direitos econômicos do meia.

Parou no Palmeiras, como confirmou à Folha o vice financeiro Walter Munhoz. O presidente Arnaldo Tirone diz que o pagamento foi feito.

Apesar de admitir o atraso, Munhoz não quis explicar a razão da dívida. "Assuntos internos ficam no Palmeiras."

O cartola reduziu a importância do atraso. Afirmou que a situação não preocupa e deve ser resolvida em breve. Assegurou que a transferência não corre risco de ser cancelada ou parar na Justiça.

O Palmeiras ainda terá de arcar com mais duas parcelas de € 2 milhões, a serem pagas em 2013 e 2014. O clube diz dispor de cartas de crédito suficientes para assegurar os pagamentos futuros.

O jogador, que rompeu o ligamento cruzado anterior do joelho direito na derrota por 3 a 1 para o Guarani, no domingo, passará por uma cirurgia na manhã de hoje.

A previsão do departamento médico palmeirense é que Wesley fique afastado do futebol por até oito meses.

O longo tempo de recuperação assustou os investidores da TokSai, empresa que estreou no mundo do futebol com a contratação do meia.

O gestor do fundo, Beto Moreira, teve de conversar com os parceiros sobre a nova situação do investimento.

Uma grave lesão, como a sofrida por Wesley, pode reduzir o valor, e consequentemente o lucro, de uma possível transferência futura ou, ao menos, atrasar o negócio.

"Quando expliquei aos investidores sobre esse mercado, falei do risco. Agora, temos de ter paciência. Futebol é investimento a longo prazo. Mas, neste momento, nossa maior preocupação é com o bem-estar do jogador", declarou o empresário.

Colaborou BERNARDO ITRI, do Painel FC

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