Promotoria indicia Breno por incêndio

Acusado de ter provocado o incêndio de sua casa em setembro do ano passado, o zagueiro Breno, 22, ex-jogador do São Paulo e atualmente no Bayern de Munique, pode pegar até 15 anos de prisão.

A promotoria de Munique apresentou ontem uma acusação formal contra o defensor, após o encerramento das investigações sobre o caso.

Segundo a acusação, Breno ateou propositalmente fogo na residência na noite de 20 de setembro. Ele havia consumido álcool antes do incidente e teria utilizado isqueiro e líquidos inflamáveis para provocar o fogo.

O zagueiro era a única pessoa na casa. Mas, segundo o relatório, ele não podia ter certeza de que a mulher e os filhos não estavam no local.

O incidente destruiu a residência do jogador. O prejuízo alcança € 1 milhão (cerca de R$ 2,4 milhões), além dos € 5 mil (R$ 12 mil) do custo de reconstrução de uma garagem vizinha, que também foi atingida pelo fogo.

Com a acusação formal da promotoria, Breno será julgado em data a ser definida.

Na Alemanha, a pena para esse tipo de crime varia de um a 15 anos de prisão.

O jogador chegou a ficar 12 dias preso no começo das investigações e só foi liberado após pagamento de fiança.

Devido à suspeita de crime, a Justiça alemã o proibiu de deixar o país, o que esfriou o interesse do São Paulo em repatriá-lo em janeiro -conseguiu apenas uma licença para alguns amistosos no exterior no começo do ano.

Pouco depois do incidente, o advogado de Breno disse que seu cliente estava doente e precisava passar por um tratamento psicológico.

Campeão brasileiro como titular do São Paulo aos 18 anos e considerado a revelação da Série A, o zagueiro foi negociado em janeiro de 2008 por US$ 18 milhões (R$ 33 milhões, na cotação atual).

A depressão seria reflexo da decepção que viveu no Bayern. Em mais de quatro anos na Europa, sofreu uma série de contusões, jogou apenas 40 partidas oficiais e também enfrentou alguns problemas pessoais.

O jogador não tem falado com a imprensa desde o início do caso. Mesmo no Twitter, seus pronunciamentos têm sido bastante raros.

Com agências de notícias