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Federação confirma corrida no Bahrein

F-1
Com informações do governo bareinita, Bernie Ecclestone e FIA garantem segurança durante a etapa

TATIANA CUNHA
ENVIADA ESPECIAL A XANGAI

Depois de dias de incerteza e de ter se transformado em um jogo de empurra entre times, FIA e a organização, a entidade que comanda o automobilismo enfim confirmou no início da noite de ontem a realização do GP do Bahrein no próximo dia 22.

Em um longo comunicado, a FIA afirmou que, ao lado de Bernie Ecclestone, detentor dos direitos comerciais da categoria, tem a responsabilidade de organizar as etapas do Mundial de maneira que garanta a segurança de todos envolvidos e que, de acordo com as informações do governo bareinita, o país tem condições de receber a corrida.

No ano passado, a prova, que abriria o campeonato, foi cancelada por causa dos violentos protestos contra o governo. Apesar de a situação ter melhorado desde então, recentes relatos dão conta de que ainda há manifestações.

Segundo o documento distribuído ontem, Jean Todt, presidente da FIA, esteve no Bahrein em novembro e se encontrou com autoridades locais, que lhe asseguraram que o país do Oriente Médio estava pronto para a corrida.

Além disso, a entidade afirma ter recebido vários relatórios recentemente que comprovam essas informações.

"Com base nos dados que temos, a FIA está satisfeita em dizer que todas as medidas de segurança estão de acordo para a realização do GP do Bahrein", diz o texto.

Um dos documentos que influenciaram a decisão foi uma carta de John Yates, conselheiro do Ministério do Interior do Bahrein e ex-chefe da unidade antiterrorismo inglesa, que dizia que a situação estava sendo distorcida.

"Eu e minha família nos sentimos totalmente seguros. De fato, mais seguros do que jamais nos sentimos quando morávamos em Londres", afirmou Yates em sua carta.

O primeiro indício de que a corrida seguiria adiante já havia sido dado por Ecclestone durante o dia em Xangai, onde neste domingo será disputado o GP da China, terceira etapa do Mundial de F-1.

Figura rara nos circuitos antes de os carros irem para a pista, ele fez ontem uma breve aparição no paddock chinês para dar o seu recado.

"Agora estamos aqui e depois iremos ao Bahrein. É a próxima corrida no calendário, está agendada", afirmou.

"Os únicos que podem fazer alguma coisa para impedir a corrida são da autoridade esportiva do Bahrein. Eles podem pedir para a corrida sair do calendário. Se não o fizerem, estaremos lá. Eu não cancelaria minha reserva de hotel se fosse vocês."

No paddock, um dos poucos a não evitar o assunto foi Mark Webber. "Se eu puder escolher, quero correr, mas não podemos ignorar a situação no Bahrein. Não devemos esquecer de que se trata só de uma corrida de carros."

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