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Cheia de ultrapassagens, corrida da China é marcada pela primeira vitória do piloto alemão Nico Rosberg, 26, depois de 111 provas disputadas, e da Mercedes, após longos 57 anos de espera

Victor Fraile/EFE
Nico Rosberg celebra vitória no GP da China
Nico Rosberg celebra vitória no GP da China

TATIANA CUNHA
ENVIADA ESPECIAL A XANGAI

GP da China

1º N. Rosberg 1h36min26s929

2º J. Button a 20s626

3º L. Hamilton a 26s012

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Ofuscado o final de semana inteiro pela polêmica sobre o possível cancelamento da corrida no Bahrein, o GP da China, terceira etapa do Mundial de F-1, acabou entrando para a história da categoria. Por diversos motivos.

Após ter conquistado sua primeira pole no sábado, Nico Rosberg, 26, fez uma prova irretocável ontem em Xangai e chegou ao seu primeiro triunfo na principal categoria do automobilismo.

Tornou-se, assim, o quinto piloto a ter disputado mais GPs antes de vencer: 111. O recordista é Mark Webber, que precisou de 130 provas.

Mas não foi só. O alemão, filho do ex-campeão Keke, deu à Mercedes sua primeira vitória desde que a equipe retornou à F-1, no início de 2010 -seu último triunfo havia sido no GP da Itália de 1955, com Juan Manuel Fangio.

"Nossa, é uma sensação inacreditável. Estou muito, muito feliz. É muito especial ter ganhado pela primeira vez num time com a história da Mercedes", disse Rosberg.

"Eu não sabia muito o que esperar da corrida porque neste ano já tínhamos feito ótimas classificações e depois decepcionamos. O resultado foi excepcional", festejou.

Com seu companheiro de time, Michael Schumacher, ao seu lado na primeira fila do grid, Rosberg manteve a dianteira na largada e passou a abrir vantagem para o heptacampeão. Na primeira rodada de pits, na 11ª volta, tinha cômodos seis segundos.

Na volta à pista, no entanto, Schumacher teve um problema em uma das rodas de seu Mercedes e abandonou.

Ao retomar a dianteira da prova, Rosberg tinha Jenson Button, que largara em quinto, e Lewis Hamilton, sétimo no grid, em sua perseguição.

Como a degradação dos pneus estava exatamente na janela que os engenheiros da Mercedes previam antes da corrida, eles optaram por uma estratégia de apenas duas paradas, diferentemente da dupla da McLaren, que foi uma vez a mais aos boxes.

"Claro que a gente tinha um plano B, mas, como tudo estava caminhando perfeitamente, resolvemos seguir a ideia inicial, e deu tudo certo", afirmou Rosberg, que, com os 25 pontos que conquistou, assumiu o sexto posto no Mundial, só três pontos atrás de Sebastian Vettel, o quinto colocado ontem.

E, apesar de Button e Hamilton terem recebido a bandeirada final na mesma posição em que estavam na 18ª das 56 voltas, isso não significou, de jeito nenhum, um GP monótono. Pelo contrário.

A corrida foi uma sucessão de ultrapassagens valendo posições. Nas retas, nas curvas, com disputas entre dois, três, quatro carros às vezes.

Resultado disso, a diferença entre o segundo e o décimo colocado (Kamui Kobayashi) foi de 38 segundos.

"Não me lembro de ter tido uma prova tão movimentada como esta na F-1", disse Hamilton. "Eu perdi a conta de quantos carros eu ultrapassei", completou Button.

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