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Alternativa

Diretoria do Palmeiras estuda substituto para Scolari em 2013, mas também como precaução para o caso de uma saída antecipada do treinador

MARCEL RIZZO
DE SÃO PAULO

A diretoria do Palmeiras trabalha com nomes para substituir Luiz Felipe Scolari. O contrato vence em dezembro deste ano, e o clube pretende se antecipar a uma provável não renovação.

O treinador tem o desejo de voltar a trabalhar em uma seleção no ano que vem, como publicou ontem o Painel FC.

Não é descartado também que o acordo seja encerrado antes, caso o time fracasse no Paulista e na Copa do Brasil.

A multa de rescisão teve valor reduzido e não é o principal entrave, apurou a Folha com membros da direção palmeirense. O problema é o fato de os preferidos para a vaga estarem empregados.

O presidente Arnaldo Tirone gosta de Dorival Jr., do Internacional. Paulo Roberto Falcão, do Bahia, foi sugerido por membro do conselho.

Os contratos de ambos também terminam em dezembro deste ano. Dorival Jr., sobrinho do ídolo palmeirense Dudu e ex-jogador do Palmeiras nos anos 90, disputa a Libertadores.

A diretoria palmeirense soube que Falcão entende ter dívida com a cúpula do Bahia pela oportunidade dada de prosseguir com a carreira que deseja, de treinador, após saída tumultuada do Inter. Não houve contato oficial com nenhum dos dois técnicos.

"Há desgaste. Um treinador com carreira bonita como o Luiz Felipe Scolari deve estar incomodado com os resultados", disse o vice de futebol Roberto Frizzo. "Mas não vamos falar de x, y ou z."

A multa do treinador é reduzida mensalmente, já que é atrelada ao fim do acordo. Hoje, custaria cerca de R$ 1,3 milhão, mais encargos trabalhistas. Bem menos do que os R$ 5 milhões de quando foi contratado, em julho de 2010.

ELEIÇÃO

Scolari disse que não há crise no Palmeiras e atribui as informações à antecipação do processo eleitoral no clube. A escolha do novo presidente será no início de 2013.

"Tem gente no Palmeiras, neste momento, que está preocupada com a eleição e quer tumultuar. Não pensa no clube, mas no bem próprio", disse Scolari após o empate ante o Comercial, anteontem.

Por meio de sua assessoria, avisou que não pensa em sair agora e que o único que pode decidir seu futuro é Tirone, com quem tem bom relacionamento. Ele desconhece que o clube já cogite nomes para substituí-lo.

O empate de anteontem, com o time atuando por 44 minutos com dois a mais, fez crescer as críticas de cartolas influentes e da torcida, que chamou Scolari de "burro".

Após o jogo, na entrada do vestiário, Tirone conversava ao pé do ouvido de Afonso Della Monica, ex-presidente do clube e principal cabo eleitoral para sua reeleição.

Mesmo que o Palmeiras caia ante o Guarani no final de semana pelo Paulista, o time ainda joga pela Copa do Brasil antes do Brasileiro, que começa em maio.

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