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Novatos, auxiliares erram mais

PAULISTA
Renovação de bandeirinhas pode ter aumentado índice de falhas, diz federação

ADRIANO WILKSON
MARCEL RIZZO
DE SÃO PAULO

A Federação Paulista de Futebol admite que os árbitros treinados por ela pioraram de um ano para o outro.

O índice de erros aumentou em relação ao do Estadual do ano passado, segundo avaliação da federação e do sindicado da categoria.

Falhas ficaram frequentes nas últimas rodadas. Santos e Palmeiras, por exemplo, tiveram gols anulados por impedimentos inexistentes.

Os erros foram considerados graves porque influenciaram no resultado dos jogos. Ao Palmeiras, custou uma vitória. Ao Santos, um empate.

Os árbitros que falharam nessas duas partidas foram imediatamente afastados do Paulista e orientados a estudar mais e se aperfeiçoarem.

Uma das causas apontadas pelo sindicato dos juízes para o aumento de erros é a inexperiência dos auxiliares.

Cerca de 70% dos bandeirinhas que atuaram no campeonato fizeram sua estreia na elite do futebol paulista neste ano. Os novatos são maioria entre os suspensos.

A taxa de renovação deste ano foi muito maior que a do ano anterior, quando cerca de 30% dos auxiliares eram novatos. Em 2011, aconteceram menos erros graves.

O coronel Marcos Marinho, chefe de arbitragem da federação, admite que a renovação pode ter influenciado no desempenho pior em 2012.

"É parte do aprendizado", disse o cartola. "Sabemos do risco, mas temos que buscar novos valores. [Errar] faz parte do processo. Não foi bem neste ano. Mudaremos o treinamento para o próximo."

A primeira mudança foi anunciada ontem: a ex-árbitra Sílvia Regina de Oliveira deixou a chefia da escola de árbitros e será substituída pelo ex-auxiliar Nilson Monção.

O cargo é considerado estratégico. Além de formar novos juízes, a escola treina e instrui os profissionais que atuam nos principais jogos.

A federação considerou que Sílvia se dedicava mais às suas funções de instrutora da Fifa, cargo que acumulava, do que às suas atribuições na escola. Ela se manteve na entidade internacional.

Arthur Alves, presidente do sindicato estadual dos árbitros, faz parte da comissão de arbitragem da federação.

O órgão é responsável por decidir a punição aos juízes que cometem erros graves.

"A gente prefere preservá-los quando isso acontece. Às vezes é desatenção ou inexperiência", declarou Alves.

Para as finais do Paulista, a federação pôs fim a seus testes. E escolheu apenas árbitros do grupo especial, a elite de São Paulo. Eles participarão de sorteio para definir em que jogos serão escalados.

Dois pediram para não atuar em partidas específicas.

Paulo César de Oliveira não quer apitar em jogos do Palmeiras, já que está processando o palmeirense Luiz Felipe Scolari, que o teria xingado. Já Antônio do Prado não quer atuar em partidas da Ponte Preta e do Guarani, porque mora em Campinas.

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