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Fórmula

Clubes do interior de São Paulo apostam em continuidade dos técnicos para tentar surpreender grandes nas quartas do Estadual

DE SÃO PAULO

Os quatro times do interior que avançaram às quartas de final do Campeonato Paulista contrariam uma prática comum entre times pequenos e médios: trocar com frequência de treinador.

No próximo final de semana, Ponte Preta, Guarani, Bragantino e Mogi Mirim vão desafiar, respectivamente, Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Santos.

Eles tentarão repetir 2004, quando São Caetano e Paulista fizeram a última final só com times pequenos -a equipe do ABC venceu.

Desde então, houve "intrusos" eventuais nas semifinais e até na final, mas só os quatro grandes foram campeões.

Neste ano, a melhor campanha do interior foi a do Guarani, que terminou em quarto lugar -à frente do Palmeiras, a quem vai enfrentar no domingo, em Campinas.

"Nosso projeto é de continuar com o Vadão por pelo menos dois anos", diz o gerente de futebol Claudio Corrente, sobre o treinador Osvaldo Alvarez, que está na quarta passagem pelo clube.

O time acaba de ser eliminado da Copa do Brasil pelo Botafogo, mas o técnico está garantido no cargo. "Levamos muito azar, perdemos jogadores importantes, mas jogamos de igual para igual."

A Ponte Preta, que no domingo visita o Corinthians no Pacaembu, passou por momentos de turbulência no início deste mês, antes de garantir sua classificação.

"Quando perdemos quatro jogos seguidos, houve pressão para demitir o treinador, mas confiamos nele", conta Marcio Della Volpe, presidente em exercício da Ponte.

O time foi derrotado em série por Guaratinguetá, XV de Piracicaba e Corinthians no Paulista, e pelo Atlético-GO na Copa do Brasil.

Gilson Kleina está no clube alvinegro de Campinas desde o início de 2011. Chegou a recusar um convite do Fluminense, levou a Ponte para a Série A do Campeonato Brasileiro e faz boa campanha tanto no Estadual quanto na Copa do Brasil.

"O contrato do Gilson com a Ponte vai até dezembro deste ano, e posso afirmar que ele vai ser cumprido até o final", disse Volpe. "Queremos ter um parceiro, e não só um funcionário transitório."

RECORDE

Mas ainda nada se compara ao prestígio que Marcelo Veiga tem no Bragantino.

Chegou ao clube em 2004 e, desde então, só não dirigiu o time num período de três meses em 2007.

É chamado de "Alex Ferguson do interior", numa referência ao treinador escocês que dirige o Manchester United desde 1986.

Há um ano, Veiga afirmou que já planejava sua saída do Bragantino. Foi bem na Série B do Brasileiro -terminou em sexto lugar, a apenas três pontos da zona de classificação para a Série A- e ficou.

No Paulista deste ano, terminou a fase de classificação em sétimo. E amanhã, no Morumbi, pega o São Paulo.

O Mogi Mirim também apostou na permanência do treinador. "Guto Ferreira vai ser nosso técnico no Paulista de 2012", afirmou o presidente Wilson Bonetti há exatamente um ano. E cumpriu.

Como o Mogi não disputa o Brasileiro, Ferreira passou pelo Criciúma no ano passado. Mas voltou para o Mogi e conduziu o time na campanha mais surpreendente do estadual -sexto lugar, e agora joga contra o Santos.

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