Teixeira saiu por medo de revés, diz tio

Marco Antônio Teixeira, ex-secretário-geral da CBF, afirmou que Ricardo Teixeira deixou a presidência da entidade por temer um vexame da seleção brasileira na Copa do Mundo de 2014.

"Ele disse que estava saindo por problemas de saúde, por causa do cenário político desfavorável a ele e também por acreditar que a seleção não vai ganhar a Copa", disse Marco Antônio, que é tio de Ricardo Teixeira, ao blog do jornalista Ricardo Perrone, do UOL (empresa do Grupo Folha, que edita a Folha).

Segundo o relato de Marco Antônio, Ricardo Teixeira afirmou que o Brasil "não tem um time montado" e que o time "não tem liderança".

O atual presidente da CBF, José Maria Marin, deu a entender que, se Mano Menezes não for campeão olímpico em agosto, será dispensado.

O ex-dirigente disse ainda que foi demitido do cargo de secretário-geral por se opor a Marco Polo Del Nero, presidente da federação paulista, candidato a vice da CBF e o homem-forte por trás de Marin, segundo Marco Antônio. "Quem manda na CBF hoje é o Marco Polo. Ele decide demissões, contratações, dá ordens aos funcionários."

Em fevereiro, a Folha publicou que o salário de Marco Antônio Teixeira na entidade era de R$ 88.070,04 mensais. Ao ser demitido, no dia 31 de janeiro, embolsou R$ 1,4 milhão, segundo o termo de rescisão do contrato.