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'Operários' do Cruzeiro conquistam título inédito

VÔLEI Equipe de MG bate o Vôlei Futuro por 3 a 1 na decisão da Superliga

MARIANA BASTOS
DE SÃO PAULO

"O cruzeiro resplandece", elevou a voz a torcida do time mineiro durante a execução do hino nacional ontem no Ginásio Poliesportivo em São Bernardo do Campo. O Houaiss define resplandecer como "brilhar intensamente", "engrandecer-se" e "tornar-se notável". E o Cruzeiro, ontem, fez jus a todas essas definições ontem em quadra.

Contando com grande atuação do ponteiro Maurício e do levantador William Arjona, o time bateu o Vôlei Futuro por 3 sets a 1 (24/26, 25/18, 25/13 e 25/19) na final da Superliga masculina.

O "time de operários" _ como os cruzeirenses se auto-proclamam_ obteve assim o primeiro título nacional, desbancando em sua trajetória equipes com orçamentos maiores e repletas de astros.

"Já quebrei um troféu de melhor jogador da partida em 23 pedaços e dei para todos os meus companheiros. Esse prêmio [de melhor defesa] é importante, mas não é nada que se compare ao título porque no Cruzeiro o que importa é o trabalho de equipe", disse o líbero Serginho.

O último obstáculo da campanha mineira, que se encerrou com seis derrotas em 28 jogos, foi seu grande rival.

Desde o episódio em que a torcida cruzeirense fez ofensas homofóbicas a Michael, em 2011, as diretorias dos dois clubes não se bicam. E a rivalidade chegou à quadra.

Logo no primeiro set, o clima esquentou após marcação duvidosa da arbitragem em ataque de Camejo, do Vôlei Futuro. O cubano puxou a rede, e a confusão se iniciou. Em um cartaz, torcedores do Vôlei Futuro pediam "Cruzeiro, cutuca o Lorena". Mas foi o oposto do Vôlei Futuro quem cutucou um rival cruzeirense, no caso Maurício. Os três levaram amarelo.

Lorena ficou motivado com a confusão e incendiou sua equipe. Empurrado pela torcida e vibrando a cada ponto como se fosse um gol, o time paulista venceu a parcial.

No segundo set, as equipes abusaram dos erros de saque _11 no total. Nesse instante, Maurício, 23, se sobressaiu. Com três aces, o ponteiro conduziu o Cruzeiro ao empate.

A parcial seguinte reservou ao Vôlei Futuro uma fatalidade. O time perdeu Lorena, que sentiu uma forte cãibra. Com o rival desfalcado, o Cruzeiro passeou em quadra.

No quarto set, o Vôlei Futuro até contou com o retorno de Lorena. O jogo se equilibrou, o clima se manteve tenso com as provocações.

Ao final, no entanto, o Cruzeiro se impôs. No penúltimo ponto, o levantador William atacou uma bola e comemorou correndo em volta da quadra. A torcida no ginásio já gritava "é campeão".

No saque, Filipe atendeu o pedido das arquibancadas e fez o Cruzeiro resplandecer como campeão nacional.

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