Ave César

Corinthians 2

Willian, aos 30min e Alex, aos 46min do 2º tempo

Ponte Preta 3

Willian Magrão, aos 13min e Roger, aos 34min do 1º tempo; Rodrigo Pimpão, aos 45min do 2º tempo

Deu tudo errado, e os dias de paz do Corinthians estão de novo comprometidos.

Contra uma Ponte Preta aplicada e aguerrida, o Corinthians foi batido no mesmo Pacaembu que viu um empolgante 6 a 0 na última quarta-feira, pela Libertadores, e agora está fora do Estadual.

O adversário da Ponte na semifinal será o Guarani, que ontem bateu o Palmeiras.

O placar de 3 a 2, inquestionável, foi fruto de duas falhas do goleiro Júlio César e de uma rara apatia do Corinthians em uma temporada até então quase impecável.

O líder da primeira fase caiu ante o oitavo colocado, cenário semelhante ao da Libertadores de 2010, quando fez melhor campanha e foi eliminado pelo Flamengo.

"O futebol não é o resultado de uma campanha, mas o resultado de um jogo", declarou Tite, que sofreu seu segundo maior tombo nesta segunda passagem pelo clube-a primeira foi a derrota ante o Tolima, na Libertadores-11.

A grande pergunta da torcida corintiana, que sofreu com momentos de agonia, ira e surpresa durante toda a partida, é justamente a respeito do torneio continental.

O time enfrenta o Emelec no dia 2 de maio, nas oitavas de final, sob desconfiança.

Tite usou o exemplo da eliminação ante o Tolima -e o posterior título do Campeonato Brasileiro- para tentar tentar acalmar os torcedores.

"Tínhamos a obrigação de vencê-los [o Tolima], pela história do Corinthians. A derrota queimou na nossa carne, e a equipe deu a resposta. Confio na maturidade que esse grupo tem, temos que aprender em cima desses 'mata', passar o que passou hoje."

Mas ele sabe que os dias de paz, que duram desde o título Nacional, em dezembro, podem ter acabado. "Entendo o sentimento do torcedor, estou muito chateado."

O Corinthians penou desde o início. Júlio César, em falha gritante, sofreu o primeiro em cobrança de falta de Willian Magrão, aos 13min.

Foi o suficiente para desmontar o time, que abandonou sua característica de tocar a bola com paciência.

Um contra-ataque da Ponte resultou no segundo gol, aos 34min, com Roger.

O Corinthians voltou do intervalo com mais apetite, mas sem organização. Quando conseguiu descontar, com Willian, Júlio César falhou de novo. Cobrou um tiro de meta nas costas de Leandro Castán, e a bola sobrou para Rodrigo Pimpão fazer 3 a 1.

O gol de Alex, nos acréscimos, de nada adiantou.

Foi a primeira eliminação corintiana em mata-mata do Estadual desde 2002, quando caiu ante o Ituano. Desde então, se passava da primeira fase, chegava à final.