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Santos avança com sobras na Vila

PAULISTA Neymar marca seu 99º gol em triunfo ante o Mogi Mirim e agora pega o São Paulo

ADRIANO WILKSON
ENVIADO ESPECIAL A SANTOS

Santos 2

Maranhão, aos 22min do 1º tempo; Neymar aos 26min do 2º tempo

Mogi Mirim 0

Neymar sabe fazer muitas coisas. Dribla por baixo, pelo alto, chuta com a esquerda e com a direita, corta pelo meio, cabeceia com precisão.

Foi seu variado leque de habilidades que garantiu ao Santos a vaga na semifinal do Paulista ontem na Vila.

O placar de 2 a 0 contra o Mogi Mirim acabou sendo magro demais pela quantidade de oportunidades criadas.

O time agora vai enfrentar o São Paulo no Morumbi.

Neymar fez seu 13º gol no Paulista. Foi também a 99ª vez que balançou as redes envergando a camisa alvinegra.

Ele matou o jogo ao cruzar com velocidade o campo de ataque em diagonal, enganar quatro adversários, ficar na entrada da área e tocar rasteiro no contrapé do goleiro.

Antes disso, o Mogi estava bem, ameaçava uma pressão. Mas os poucos toques de Neymar foram suficientes para esfriar os ânimos do interior.

"Eu tentei de tudo, fazer o centésimo contra o Mogi, como fiz o primeiro", disse o atacante ao fim do jogo.

Curiosamente, foi contra o rival de ontem que Neymar começou sua rotina de gols.

Mas ele mostrou que sabe ser meia, que aprendeu a reger o ataque de seu time.

De seus pés saiu um passe milimétrico para um companheiro que só ele viu entrando livre na grande área.

O lateral direito Maranhão talvez seja o mais coadjuvante do elenco. Ontem, ele brilhou com a ajuda de Neymar. A jogada do primeiro gol começou quando Maranhão errou um passe fácil no ataque.

Perseguiu seu rival até o campo de defesa, retomou a bola, e ela acabou chegando ao habilidoso atacante.

Neymar a segurou colada ao pé e atraiu a marcação ao lado esquerdo do campo.

Enquanto isso, Maranhão se libertava. Invadiu a área e recebeu do atacante um longo e preciso passe, pelo alto.

Completou de cabeça, encobriu o goleiro e correu a abraçar Neymar, indicando a quem cabia muito do mérito do gol que abriu o placar.

O resto do jogo foi um desfile de habilidades do melhor jogador do país, ajudado por valorosos coadjuvantes.

Mas Neymar ainda tem o que aprender. Ontem, não soube passar incólume pelas provocações de seus marcadores. No meio do campo, entrou em briga sem bola com adversários, falou alto, apontou, quase bate e apanha.

Correu até o último minuto, marcou forte no ataque. Não pôde esfriar o jogo quando a vitória estava garantida.

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