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Sem zebra

Palmeiras perde mais uma vez para o Guarani e fecha o Paulista como o pior dos grandes

RAFAEL REIS
ENVIADO ESPECIAL A CAMPINAS

Guarani 3

Fumagalli, aos 5min, e Fabinho Souza, aos 8min e aos 46min do 2º tempo

Palmeiras 2

Marcos Assunção, aos 9min, e Henrique, aos 48min do 2º tempo

Ingredientes de drama não faltaram em outra traumática eliminação palmeirense.

Teve a tensão pré-jogo, o aparente domínio, o gol inexplicavelmente sofrido, o apagão logo na sequência, a esperança renascida e a última tentativa inútil de salvação.

O time grande de pior desempenho na primeira fase do Paulista é também o pior grande de todo o Estadual.

Derrotado pelo Guarani por 3 a 2, ontem, na casa do adversário -por não ter conseguido ficar entre os quatro primeiros na etapa de classificação-, o time encerra o torneio na sexta colocação.

Tem como único alento o fato de poder dividir a vergonha da eliminação nas quartas de final com o Corinthians, que seria seu adversário em uma semifinal que se tornou dérbi campineiro.

Mas ao contrário do seu mais tradicional rival, o Palmeiras não vivia lua de mel com a torcida e nem tem a Libertadores para se apegar.

Pelo contrário, o ambiente no clube alviverde era, e agora é ainda mais, de tensão total. Boa parte da diretoria e dos torcedores quer a demissão de Luiz Felipe Scolari.

Em quase dois anos, o treinador mais bem pago do Brasil só acumulou fiascos e confusões. O time não se classificou nenhuma vez para a Libertadores e nem foi além das semifinais do Estadual.

Ciente da situação complicada, Scolari criou um clima de decisão para esse jogo. Realizou treinos secretos e escalou o atacante Luan, recém-recuperado de contusão, que não estava nem na lista de relacionados divulgada à imprensa -o chileno Valdivia, na mesma situação, ficou no banco de reservas.

E o Palmeiras, apesar da postura cautelosa, até foi melhor no primeiro tempo. Teve três boas chances de gol, todas perdidas por Barcos.

Mas, mal começou a segunda etapa, a leve superioridade do Palmeiras no jogo desmoronou. Duas vezes.

Primeiro em uma cobrança de escanteio fechada de Fumagalli. O goleiro Deola ficou perdido pelo caminho e aceitou o gol olímpico.

Três minutos depois, o Guarani chegou sem dificuldade pela esquerda. Fabinho teve apenas o trabalho de empurrar para dentro uma bola rolada para o meio da área.

A esperança verde só não morreu imediatamente porque, logo ao dar a saída de bola, o Palmeiras diminuiu.

Luan chutou cruzado, Emerson rebateu, e Marcos Assunção completou.

Desesperado, o time se lançou ao ataque. Controlou a bola, perdeu gols e sofreu contra-ataque mortal. Já no fim, Deola falhou de novo e deixou passar passe rasteiro para Fabinho Souza concluir.

Henrique ainda diminuiu. Mas era tarde. Muito tarde.

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