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Cala Barça

Messi erra pênalti, brasileiro do Chelsea brilha, e Barcelona deixa escapar na sua casa a chance de conquistar o bi na Copa dos Campeões

DE SÃO PAULO

Parecia um pesadelo. O astro Messi perdeu pênalti e jogou mal, ou pelo menos muito abaixo do que acostumou o torcedor a ver. E o Barcelona foi eliminado dentro do Camp Nou contra um Chelsea com um a menos e claramente inferior, mas aguerrido.

Melhor do mundo nos últimos três anos, Messi deve perder a coroa, normalmente atrelada a títulos -o argentino praticamente perdeu o Espanhol, a Copa dos Campeões e não disputa a Eurocopa. Só resta a Copa do Rei.

Ontem, o Barcelona precisava de um 2 a 0 para ficar com a vaga -vitória por 1 a 0 levaria a decisão para prorrogação e possíveis pênaltis. O começo tenso teve baixa dos dois lados, por contusões.

No Chelsea, o zagueiro Cahill sentiu uma distensão. Pouco depois, um choque entre o goleiro Valdés e Piqué levou o zagueiro a nocaute. O lateral brasileiro Daniel Alves, que começara inesperadamente no banco, entrou.

Aí começou o filme que o torcedor do Barcelona está acostumado a ver. Muita posse de bola e chances criadas. Até que, aos 35min, Cuenca cruzou, e Busquets fez 1 a 0. Gol sem a participação de Messi, Xavi, Iniesta, Fàbregas ou Sanchéz. Um prenúncio?

Dois minutos depois, Terry, capitão e xerife da zaga, foi expulso por falta sem bola em Sánchez. Em seguida, aos 43min, um gol clássico: Messi atrai a marcação e abre espaço para Iniesta receber a bola e marcar o 2 a 0. O resultado que daria a vaga à final durou apenas três minutos.

Num descuido do time espanhol, Ramires recebeu passe de Lampard e diminuiu. O 2 a 1 do intervalo já colocava os ingleses na decisão.

Logo no começo do segundo tempo, o lance do jogo. Pênalti de Drogba em Fàbregas. Messi bateu pelo alto, na trave. Durante os 40min restantes, foi ataque contra defesa.

Em vários momentos, todos os 20 jogadores (exceção a Valdés) ficavam no campo do Chelsea. E Messi sumiu.

Após muita pressão, outra bola na trave e algumas confusões em campo, Torres, que acabara de entrar no lugar de Drogba, apareceu sozinho na frente do goleiro espanhol. Fez o drible com calma, tocou para o gol e deve ficar algum tempo sem ser chamado de pior contratação do mundo.

Em êxtase, Roberto di Matteo elogiou o espírito dos ingleses: "O segundo tempo passou pouco pela tática. Teve a ver com paixão, orgulho e o desejo de chegar à final. É um feito incrível". Antes interino, Di Matteo provavelmente será efetivado se levar o Chelsea ao inédito título.

A eliminação lembrou muito a de 2010. Mesmo estádio, mesma fase (semifinal). O Barcelona precisava vencer a Inter de Milão por 2 a 0. Fez 1 a 0 e tinha um jogador a mais. Mas parou na defesa de José Mourinho à brasileira (Júlio César, Maicon e Lúcio).

Assim, o Barcelona não terá a chance de defender o título do torneio, que viu o último bicampeão em 1989 e 1990 (com o Milan).

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