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Sina

Santos é dominado na altitude e perde outra vez em La Paz, mas Bolívar não consegue abrir grande vantagem para a partida de volta na Vila Belmiro

Bolívar 2
Campos, a 1min do 1º tempo e aos 34min do 2º tempo
Santos 1
Maranhão, aos 34min do 1º tempo

DE SÃO PAULO

A 3.600 metros de altitude, você está tão perto do céu quanto se estivesse sobre cinco Corcovados empilhados.

Ali tudo é diferente, do giro da bola sobre o ar rarefeito à quantidade de oxigênio que entra em seus pulmões.

O Santos não se acostuma. O time que assusta todos os adversários em casa se acanha quando está nas alturas.

A derrota por 2 a 1 ontem para o Bolívar, em La Paz, não é motivo de muita preocupação para a torcida santista. Como todos os brasileiros que enfrentam bolivianos na altitude, o time de Muricy Ramalho tem plenas condições de reverter o resultado em casa.

Há sete anos, o Santos pegou o mesmo Bolívar na Libertadores. Perdeu em Laz Paz por 4 a 3. E goleou na volta na Vila Belmiro (6 a 0).

Agora, vitória por 1 a 0 garante a classificação às quartas de final. No mata-mata da Libertadores, gol fora de casa é critério de desempate.

O jogo de ontem foi muito difícil para o Santos. Além do empenho do time da casa, os brasileiros sofreram com a pressão da torcida. Neymar chegou a ser atingido no rosto por um objeto vindo da direção da arquibancada. Teve de ser protegido pela polícia.

Em campo, o time foi dominado pelo rival na maior parte do tempo. Nenhum santista teve destaque individual. Coletivamente, o que se viu foi uma equipe comum.

Tão comum que se tornou coadjuvante de cena quase inacreditável para quem viu suas últimas temporadas.

Por metade do segundo tempo, o Bolívar ficou tocando a bola em seu campo de ataque. Pressionava a defesa santista, que só assistia ou reagia com chutões e faltas.

A sorte também abandonou o Santos ontem. Empurrado por sua empolgada torcida, o Bolívar se aproveitou e abriu o placar logo nos primeiros segundos da partida.

Uma falta cobrada com força pegou velocidade no ar rarefeito e carimbou a trave. Na volta, acertou as costas do goleiro Rafael para retomar outra vez o caminho das redes.

O placar foi todo construído em belas cobranças de falta. O empate veio com Elano, figura sumida durante todo o jogo que apareceu ao fazer uma cobrança com perfeição.

O goleiro do Bolívar rebateu, mas o lateral Maranhão estava atento, pegou o rebote e estufou as redes. Foi seu segundo gol em seu segundo jogo na equipe titular.

O Bolívar partiu para cima, dominou a posse de bola e conseguiu virar. De novo, de falta e, de novo, com Campos.

Ele acertou chute preciso no canto e garantiu a vantagem para o jogo da volta.

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