Palmeiras faz o básico contra crise

Paraná 1
Luisinho, aos 39min do 1º tempo
Palmeiras 2
Marcos Assunção, aos 22min do 1º tempo, e Henrique, aos 34min do 2º tempo

Vencer era uma necessidade básica para não se afundar ainda mais na crise.

E, pelo menos isso, o Palmeiras conseguiu fazer.

O time foi lento, displicente, incapaz de trocar passes, sem criatividade e irritante como nas últimas partidas, que culminaram na derrota por 3 a 2 para o Guarani, no domingo, e na queda nas quartas de final do Paulista.

Mas saiu de campo com um 2 a 1 que o deixa em situação tranquila na Copa do Brasil -empate ou derrota por 1 a 0 em casa, no dia 9 de maio, já o colocam entre os oito melhores da competição.

A sobrevivência no torneio é a única forma de os jogadores evitarem a reformulação do elenco prometida pela diretoria após a eliminação.

O técnico Luiz Felipe Scolari é outro que depende muito de um sucesso na Copa do Brasil. Sua demissão tem sido pedida diariamente por aliados e opositores do presidente Arnaldo Tirone, seu último pilar de sustentação.

Ontem, o treinador barrou o goleiro Deola, que falhou em dois gols na eliminação no fim de semana. Com isso, Bruno ganhou uma chance.

Valdivia e o estreante Mazinho, recém-contratado do Oeste e que só será apresentado amanhã, foram as outras novidades no time.

As alterações não foram suficientes para transformar o Palmeiras, que fez uma partida parelha com uma equipe que está na segunda divisão do seu Estado e só havia disputado até então quatro partidas oficiais neste ano.

O time só conseguiu marcar na bola parada. Marcos Assunção cobrou falta frontal, a bola quicou no gramado molhado, ganhou velocidade e derrotou o goleiro.

Machucado, o volante teve de ser substituído pouco depois. Mal saiu de campo, o Paraná empatou. Após bola rolada da direita, Bruno salvou o primeiro chute, mas nada pôde fazer no rebote que sobrou limpo para Luisinho.

Nada indicava uma vitória palmeirense. Até que Henrique Alemão atropelou Patrik dentro da área. Valdivia tentou bater o pênalti, mas foi impedido por Henrique.

O zagueiro assumiu a responsabilidade e converteu a cobrança. Na comemoração, a maior parte dos jogadores se abraçou, enquanto o chileno foi para outro lado.