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Anhembi custa como Interlagos
INDY
SANDRO MACEDO TATIANA CUNHA DE SÃO PAULO Apesar da expectativa da Prefeitura de São Paulo de diminuir a cada ano os seus gastos com a realização da etapa brasileira da Indy, isso não tem ocorrido na prática. Segundo o prefeito Gilberto Kassab (PSD), para organizar a corrida no entorno do Anhembi neste domingo serão gastos cerca de R$ 27 milhões, dos quais R$ 12 milhões foram destinados à publicidade da prova e os outros R$ 15 milhões foram gastos em obras de infraestrutura. "É importante ressaltar que, nesses investimentos, boa parte fica como legado para a cidade e para outros eventos, como é o caso das obras de drenagem que fizemos neste ano", disse Kassab, que afirmou ainda que o valor exato gasto em 2012 será publicado depois do evento. Em 2010, primeiro ano da prova em São Paulo, o investimento da prefeitura ficou na casa dos R$ 20 milhões, mas o orçamento se misturou com o das obras de alargamento da marginal Tietê. No ano passado, foram consumidos R$ 16 milhões, sendo que R$ 11,5 milhões com infraestrutura e construção, como o recapeamento de parte da pista e a melhora no sistema de drenagem, e outros R$ 4,5 milhões para a montagem e a desmontagem das estruturas no circuito, como guard-rails e alambrados. O contrato da Indy com a capital paulista vai até 2018. Pelos números divulgados pela SPTuris, empresa municipal de turismo, o retorno da corrida para São Paulo foi de R$ 80 milhões a cada ano. Como comparação, a F-1, que em 2010 custou aos cofres da prefeitura R$ 27 milhões e, no ano passado, outros R$ 23 milhões, dá um retorno bem maior. Estima-se que o GP Brasil gere cerca de R$ 230 milhões anuais em benefícios à capital paulista. A quantidade de turistas que vem à cidade para ver os eventos de velocidade também é bem diferente. Enquanto mais de 68 mil desembarcam em São Paulo para ver a F-1, de acordo com a SPTuris, a estimativa é a de que 7.000 viajem a São Paulo para a quarta etapa da categoria em 2012. "A Indy é um evento avitário e, se a prefeitura gasta xis, tem um resultado de três xis, fora a geração de empregos e a exposição mundial que traz para a cidade", disse Kassab. Além do valor investido pela prefeitura, a Band, organizadora da prova, também ajuda a pagar a conta da Indy. Segundo Marcelo Meira, vice-presidente do Grupo Bandeirantes, neste ano o gasto da empresa com transporte das equipes e de seus equipamentos, hospedagem, logística, estrutura e comunicação, entre outras despesas, será de R$ 54 milhões. "Nos dois primeiros anos, a corrida em São Paulo foi deficitária para nós, mas esperamos alcançar um equilíbrio neste ano", declarou Meira. Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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