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Quem Manda

Em casa e apoiado por mais de 40 mil torcedores, São Paulo não resiste a Santos e Neymar, que chega aos 102 gols e à final do Paulista

ADRIANO WILKSON
LEONARDO LOURENÇO
DE SÃO PAULO

São Paulo 1
Willian José, aos 18min do 2º tempo

Santos 3
Neymar, aos 3min e 31min do 1º tempo e aos 32min do 2º tempo

-

O Morumbi estava pronto para uma festa são-paulina. Eram cerca de 42 mil tricolores nas arquibancadas empolgados com a boa campanha do time no Paulista.

Ainda tinham a seu favor uma suposta superioridade física, já que a equipe folgou durante a semana -a partida contra a Ponte Preta, na Copa do Brasil, foi adiada pela chuva- enquanto o rival ainda recuperava o oxigênio depois de cansativa viagem a La Paz, quatro dias antes.

O problema é que do outro lado, apesar do azul da camisa, estava o Santos. Cansado ou não, o time tinha Neymar.

E, basicamente, foi o que bastou para que, já aos 34min do segundo tempo, alguns são-paulinos deixassem seus lugares de volta para casa.

Isso porque dois minutos antes, quando o São Paulo finalmente se aproveitava do melhor condicionamento e se aproximava do empate depois de ir para o intervalo perdendo por 2 a 0, Neymar bateu forte, de longe, no meio do gol, seu 102º pelo Santos.

Apesar da aparente facilidade, Denis aceitou -falha digna das que fizeram Júlio César e Deola serem crucificados na semana passada.

O 3 a 1 esfriou o ânimo são-paulino e concretizou a classificação santista para a quarta final de Paulista consecutiva, a chance de conquistar, com Neymar, um tricampeonato que é inédito no Estadual desde 1969, na era Pelé.

Já o São Paulo cai outra vez num mata-mata antes de uma final, sina do clube que não joga uma decisão desde 2006.

O time ainda tem a Copa do Brasil neste semestre para tentar interromper essa série.

A partida de ontem começou aberta. As duas equipes marcavam pouco e atacavam muito. Emerson Leão levou a campo o São Paulo com Casemiro no meio. Com o volante, o técnico esperava dar liberdade para Jadson e Cícero encostarem em Lucas e Willian José, substituto de Luis Fabiano, suspenso.

O esquema não funcionou: Jadson outra vez se escondeu, Willian José foi anulado pela zaga rival, e Lucas não conseguiu repetir a grande atuação do clássico com o Santos da fase anterior, o único vencido pelo São Paulo no ano.

Mesmo sem repetir suas melhores partidas, o Santos soube aproveitar os erros do time da casa e abriu 2 a 0.

Primeiro, Alan Kardec foi derrubado por Paulo Miranda dentro da área. Neymar bateu o pênalti, firme, seu centésimo gol pelo clube. Depois, a zaga tricolor saiu jogando mal e deu a bola nos pés de Ganso. O meia lançou Neymar, que fez o segundo do confronto, 101º, fácil.

"Eu tenho certeza de que o Neymar é o primeiro ou o segundo do mundo hoje, por isso decide", elogiou Leão. "Ele tem um carisma que até os erros dos outros ajudam."

Em desvantagem, o São Paulo tentou se aproveitar da velocidade para voltar ao jogo. No intervalo, Fernandinho foi a campo e, depois que Willian José diminuiu, Osvaldo entrou na equipe, pouco antes do gol de misericórdia.

O Santos se retraiu, mas deixou Neymar livre: 102º.

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