Adversário de Felipe França morre nos EUA

Campeão mundial e um dos principais adversários do brasileiro Felipe França, Alexander Dale Oen, 26, morreu após um treino em Flagstaff, no Arizona (EUA).

O nadador norueguês sofreu uma parada cardíaca e foi encontrado caído em seu banheiro, no início da noite de anteontem, por colegas de equipe, segundo a Federação Norueguesa de Natação.

Foi socorrido, mas as tentativas de reanimá-lo foram em vão. O corpo seria submetido a uma autópsia nos EUA, para determinar qual foi a causa da morte, antes de ser levado para a Noruega.

Campeão dos 100 m peito no Mundial de Xangai, em 2011, o atleta também conquistou a prata na Olimpíada de Pequim, em 2008.

Em Xangai, França sagrou-se campeão dos 50 m peito, distância não-olímpica.

No Twitter, França, que é muito religioso, lamentou a morte do adversário, pedindo "paz" a sua família.

Outros rivais do norueguês também se manifestaram no microblog ontem.

"Ao meu maior rival. Meu grande amigo. Meu irmão no nado peito. Descanse em paz", disse o sul-africano Cameron Van der Burgh, medalha de ouro nos 50 m peito no Mundial de Roma, em 2009.

"Em choque com a morte de um amigo querido e grande rival", disse o japonês Kosuke Kitajima, ouro nos 100 m peito nos Jogos de Pequim-2008 e Atenas-2004.

Natural da cidade de Bergen, Oen despontou como destaque de sua prova no Europeu de 2008, quando conquistou o primeiro título para a Noruega em eventos de primeira linha da natação. Voltou a fazer história no Mundial de 2011, com outro ouro inédito para o país.

À época, o nadador dedicou sua conquista aos 92 mortos nos atentados que ocorreram em seu país durante o campeonato.

"Seu exemplo foi um dos momentos mais intensos daquela competição", afirmou a Federação Internacional de Natação por meio de nota.

A última morte súbita de um nadador de alto nível havia acontecido em 2010.

O norte-americano Francis Crippen morreu durante uma prova de maratona aquática nos Emirados Árabes.

Naquela competição, a temperatura da água estava bastante alta (mais de 30º C), e atletas e equipes reclamaram da falta de barcos para fiscalizar todo o percurso.

O corpo de Crippen só foi encontrado após a prova.

Antes de morrer, Oen, que participava de um período de treinos nos EUA, escreveu no Twitter que estava ansioso para voltar para casa.

"Faltam dois dias para acabar nosso treino, então estarei de volta à mais bela cidade da Noruega -Bergen".