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Sucessão

Após três anos de domínio do Barcelona, Espanha vê Real Madrid retomar hegemonia e faturar o 32º título nacional

DE SÃO PAULO

Foram três anos vendo o Barcelona empilhar um título atrás do outro, ser festejado como um dos melhores times da história e exercer papel de protagonista na rivalidade que, há muito, rompeu as fronteiras da Espanha.

Ontem, porém, o Real Madrid enfim pôde oficializar aquilo que todo o planeta sabia desde a vitória no clássico do Camp Nou no dia 21 de abril. O futebol do país campeão mundial tem um novo dono. Ou, melhor, seu velho proprietário voltou.

Com uma vitória por 3 a 0 sobre o Athletic Bilbao, no País Basco, o maior vencedor da Espanha faturou, com duas rodadas de antecipação, o título nacional pela 32ª vez.

O Barcelona, vice-campeão desta temporada e segundo clube no número de conquistas nacionais, tem 21 troféus.

Para deixar para trás Messi, Iniesta, Xavi e todos os outros catalães que eram proclamados como os atuais reis do futebol, o Real se superou.

Fez uma campanha irretocável, que ainda pode ser coroada como a melhor de todos os tempos na Espanha.

Com 94 pontos, quebrará o recorde do Barcelona campeão em 2010 com 99, se derrotar Granada e Mallorca nas duas partidas que lhe restam.

O Real, de José Mourinho, treinador retratado como retranqueiro nos últimos anos pelos esquemas defensivos com que encarou alguns encontros com o clube catalão, já estabeleceu o melhor ataque dos 83 anos de disputa da primeira divisão da liga.

O sistema ofensivo liderado por Cristiano Ronaldo marcou 115 gols em 36 partidas. Uma média quase inacreditável de 3,2 tentos por jogo, construída por quem esbanjou sua superioridade durante toda a temporada.

Foram 15 goleadas ao longo do campeonato, mais de 40% do total das partidas.

Poderiam ser 16, se Cristiano Ronaldo não fosse tão displicente ao bater pênalti ante o Bilbao, fazendo a torcida relembrar a eliminação para o Bayern de Munique na Copa dos Campeões, o maior revés da temporada do Real.

Mas a cobrança defendida pelo goleiro aos 12min de jogo foi o único momento de tensão da torcida madrilenha. Quatro minutos depois, o argentino Higuáin acertou um bonito chute no ângulo e aproximou o time do título.

O 1 a 0 bastava para o Real recuperar o título conquistado pela última vez em 2008. A festa poderia ter acontecido já a caminho do campo, antes da partida, caso o Barcelona fosse derrotado pelo Málaga -goleou por 4 a 1.

Mas um time tão marcado pelo ataque não merecia ser campeão com um placar magro, em um jogo disputado.

O alemão Özil aproveitou contra-ataque puxado por Cristiano Ronaldo e, aos 19min, tornou o jogo típico do novo campeão espanhol.

Ainda faltava o gol do astro português. Ele saiu aos 5min do segundo tempo, de cabeça, após escanteio.

E o Barcelona, então, deixou de reinar na Espanha.

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