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Leão diz que barrado é seu titular
SÃO PAULO Emerson Leão acatou a decisão da diretoria, aceitou, hierarquicamente, o afastamento do zagueiro Paulo Miranda. Mas já deixou claro sua insatisfação com o corte e que, assim que o beque for perdoado pelos cartolas são-paulinos, será seu titular. Acuado pelas restrições que a cartolagem impôs a seu trabalho, Leão tem medido as palavras para evitar um choque com seus patrões, mas sempre que vê uma brecha, demonstra sua contrariedade com a polêmica criada. Ontem, durante entrevista coletiva realizada no CT do clube, voltou a dizer que não participou da discussão que terminou com o afastamento do atleta e que não sabe quando o terá de volta. Mas reiterou que, quando o tiver, será para jogar. "Hoje sei que ele não pode ser escalado. Não sei se [poderá] no dia 10, 20 ou 50. Mas, quando puder, será." "Ele não saiu por contusão. Voltará no lugar dele. Isso já foi falado entre nós. Vocês [repórteres] não estão sabendo de nada que eles [diretoria] já não sabem", completou. A resposta é direcionada à cúpula são-paulina, que só tomou a atitude de afastar o jogador assim que soube de Leão que ele seria mantido no time titular contra a Ponte Preta -Piris e Jadson, outros criticados, foram colocados na reserva pelo treinador. Ontem o técnico organizou um coletivo: Paulo Miranda não treinou nem entre os reservas -fez trabalho separado do grupo principal. Isso porque Leão já sabe que o corte não será revertido antes do duelo de volta com a Ponte Preta, na próxima quinta-feira. A diretoria promete fazer nova análise da situação do jogador depois do mata-mata -o São Paulo tem que vencer o confronto por dois gols de diferença para não cair na Copa do Brasil. Apesar dos sinais de descontentamento, o técnico -que teve apoio dos jogadores na questão- disse que não se sente enfraquecido no time. "Existe uma relação entre patrão e empregado que é para ser respeitada. Não vejo e não temo sequelas", afirmou. Segundo Leão, a diretoria lhe deu garantias de que uma demissão não estava sendo discutida. "O Adalberto [Baptista, diretor de futebol] me reafirmou que isso não passou pela cabeça dele." Ontem o treinador admitiu que Paulo Miranda tinha falhado nos últimos jogos, mas voltou a apostar no atleta. "Ele foi infeliz em alguns lances. Não o suficiente para o treinador achar que ele tinha que ser afastado", disse. "Eu já falei pra ele e para os meus diretores: se estava escalado, é merecedor. Às vezes um atleta não está bem, mas merece confiança e fica." O técnico, porém, teme as consequências do ato da diretoria para o jogador. "Às vezes, quando você o tira [do time], a coisa piora." Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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