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Com ótima atuação de Neymar e Ganso, Santos bate o Guarani, aproxima-se do tri do Paulista e confirma seu poder em mata-matas

Santos 3
Paulo Henrique Ganso, aos 43min do primeiro tempo; Neymar, aos 20min e aos 46min do segundo tempo
Guarani 0

ADRIANO WILKSON
MARTÍN FERNANDEZ
RODRIGO MATTOS
DE SÃO PAULO

Desde sua derrota inicial para o Corinthians, na final do Paulista de 2009, Neymar se especializou em ganhar campeonatos de mata-mata pelo Santos. E, auxiliado por Paulo Henrique Ganso, sempre se destaca nas decisões.

Foi o que voltou a ocorrer ontem, na primeira partida da final do Estadual. As estrelas santistas fizeram os três gols da vitória sobre o Guarani e praticamente sacramentaram o tricampeonato.

O Santos pode perder por até dois gols no próximo domingo para confirmar a primeira série de três títulos seguidos no Estado desde os anos 60, quando o time do litoral contava com Pelé.

Neste caso, a dupla santista ganhará a sua quinta competição de mata-mata pela equipe da Vila Belmiro -também levaram Libertadores (2011) e Copa do Brasil (2010).

Essa supremacia se deve à frieza de Neymar e de Ganso para se impor em jogos decisivos. Quando há pouco espaço, os dois aproveitam lances capitais. Quando surgem buracos, fazem belos lances.

O atacante concluiu quatro vezes na partida e fez dois gols. "A gente teve calma na hora das finalizações", disse.

E Neymar nem participou muito do jogo. Foram 24 passes e 11 dribles. Bem menos que Ganso e seus 51 passes.

Mas sua pontaria nas conclusões -e a de Ganso, com duas finalizações e um gol - furou o sistema defensivo de dez homens do Guarani.

Aos 43min da etapa inicial, o astro santista recebeu na esquerda e cruzou. A bola sobrou para Ganso chutar no ângulo e fazer 1 a 0 -o goleiro ainda tocou na bola.

O cenário apertado não preocupava o principal astro santista. "Temos de continuar a marcação firme que, lá na frente, a gente faz o gol", disse Neymar no intervalo.

Foi o que ocorreu. O Guarani marcava firme. O Santos, de novo, aproveitava os espaços que lhe foram dados.

Aos 20min, Juan enfiou para Ganso, que driblou o goleiro Emerson. A bola sobrou para Neymar fazer o gol.

Com a vantagem, o atacante também passou a tentar lances de efeito -uma carretilha, um passe olhando para o outro lado. Mas também usou a beleza com eficiência, como no último gol do jogo.

Pouco antes do final, matou a bola no peito, tirando um defensor. Cortou Domingos e chutou para fazer 3 a 0.

"A habilidade dele é incomum. São poucos que fazem isso. É gênio", declarou Ganso, que terminou o jogo abraçado ao companheiro de time, em cena que se repete nos últimos três anos.

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