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De cabeça Tite se preocupa com pressão e prepara equipe para manter equilíbrio emocional no Pacaembu LUCAS REISDE SÃO PAULO A chance de avançar às quartas de final da Libertadores está mais na cabeça do que nos pés dos jogadores. Neste quesito, o técnico Tite faz as vezes de psicólogo. Ante o Emelec, hoje, às 22h, no Pacaembu, o Corinthians tem de vencer para deixar para trás o trauma de cair nas oitavas. Empate com gols dá a vaga à equipe equatoriana. Um novo 0 a 0 leva a disputa para os pênaltis. Tite bate na tecla do equilíbrio emocional dos atletas, em queda livre nas duas últimas partidas. E a tensão excessiva costuma ser a grande vilã para os corintianos. "A equipe madura tem que estar preparada para todas as situações de jogo. E nosso time tem maturidade", disse. Para isso, ele conta com seus três auxiliares técnicos que conversam com os atletas e o respaldam. Eventualmente, como no caso de Júlio César, Tite entra em cena e conversa individualmente. Contra a Ponte, o time entrou em parafuso após sofrer o primeiro gol, falha de Júlio. Ante o Emelec, ficou pilhado com o juiz, mais ainda após Jorge Henrique ser expulso. "Falo [do baque emocional] do primeiro tempo da Ponte e não falo do jogo do Emelec", contou Tite, repetindo o que disse aos jogadores durante a semana: esquecer o jogo passado e o árbitro. "No momento decisivo, a cabeça é que comanda o corpo. Não adianta querer fazer as coisas de forma aleatória", disse o técnico. Jorge, suspenso, dará lugar ao meia Alex; Willian estará no ataque. E, falando da história alvinegra na Libertadores, perder a cabeça não é bom negócio, principalmente com a casa cheia, como estará hoje. Das oito quedas em mata-matas, cinco foram em casa. E imediatamente vem à cabeça do corintiano derrotas como as contra o River Plate (e o quebra-quebra da torcida), ou ante o Palmeiras, nos pênaltis, e a queda diante do pequeno Tolima, já com Tite. "Tem que estar focado em jogar. Qualidade técnica o time tem. Minha adrenalina já está a mil, mas temos que saber manter a concentração e a consciência", disse Tite. A zaga corintiana é a melhor da Libertadores: levou apenas dois gols, nenhum no Pacaembu. Se sofrer um gol -essa é a proposta declarada do Emelec: defender-se e encaixar um contra-ataque-, o time precisaria fazer dois. E é justamente onde cresce a preocupação de Tite. O apoio dos mais de 30 mil pode virar desespero. "Não é o que eu quero, quero vencer. Preparo meu time para quando estiver perdendo, reagir." Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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