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Palmeiras põe à prova dias de paz
COPA DO BRASIL DE SÃO PAULO O Palmeiras tenta descobrir hoje se o ditado "o tempo é o melhor remédio" também se aplica a seu futebol. Duas semanas atrás, quando derrotou o Paraná por 2 a 1, no jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil, o ambiente era péssimo. A eliminação nas quartas de final do Campeonato Paulista para o Guarani, após derrota por 3 a 2, havia transformado a demissão do técnico Luiz Felipe Scolari em um pedido universal entre membros da oposição e da situação do clube. A proximidade de uma lista de dispensas colocava em dúvida o futuro da equipe, e desconfianças alcançavam a única posição que permaneceu incontestável nas últimas duas décadas, a de goleiro. Só que o Palmeiras só fez um jogo-treino fechado com o Mogi Mirim desde então. E nesta noite, quando pisar na Arena Barueri para reencontrar o clube paranaense e tentar ir às quartas da competição, terá tido 14 dias livres de treinos e aparente clima de tranquilidade. "Sempre gostamos de jogar. Mas [essa folga] serviu para trabalhar, para limpar a cabeça de todo mundo e pensar no que vem pela frente", afirmou o atacante Barcos, que marcou um gol nos últimos oito jogos do time. "O físico já não estava muito bom, porque estávamos jogando toda quarta e domingo. A cabeça estava cansada também. Mas agora podemos tomar com força a Copa do Brasil", concluiu o argentino. A ausência de notícias e resultados negativos nas duas últimas semanas amenizou o teor das críticas sobre o trabalho feito pelo treinador. Os jogadores que estavam prestes a deixar o clube, já o fizeram. O último dos seis liberados, o atacante Ricardo Bueno fez seu treino de despedida na segunda-feira. E um grupo novo começa a ser construído. Além de Mazinho e Fernandinho, ex-Oeste, Scolari ganhou o meia Felipe, que estava emprestado ao Mogi Mirim, e está testando dois meninos oriundos das categorias de base. Ainda faltam, é verdade, novas opções de volantes e centroavantes, já que os atuais titulares ficaram sem reservas com experiência com a reformulação do elenco. No gol, o problema também parece, por enquanto, resolvido. Deola, o sucessor natural de Marcos, virou reserva após falha ante o Guarani. E Bruno fará sua segunda partida seguida de titular. Enfim, a paz voltou a reinar no clube. Nada que uma eventual eliminação para o Paraná não tenha força para estragar. O time alviverde se classifica com vitória por qualquer placar, empate ou derrota por 1 a 0. Se ficar 2 a 1, a decisão será nos pênaltis. Afinal, nos últimos anos, crise e Palmeiras costumam caminhar lado a lado. E não há tempo que dê jeito nisso. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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