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Palmeiras põe à prova dias de paz

COPA DO BRASIL
Equipe volta a jogar depois de duas semanas livres e crise adormecida

RAFAEL REIS
DE SÃO PAULO

O Palmeiras tenta descobrir hoje se o ditado "o tempo é o melhor remédio" também se aplica a seu futebol.

Duas semanas atrás, quando derrotou o Paraná por 2 a 1, no jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil, o ambiente era péssimo.

A eliminação nas quartas de final do Campeonato Paulista para o Guarani, após derrota por 3 a 2, havia transformado a demissão do técnico Luiz Felipe Scolari em um pedido universal entre membros da oposição e da situação do clube.

A proximidade de uma lista de dispensas colocava em dúvida o futuro da equipe, e desconfianças alcançavam a única posição que permaneceu incontestável nas últimas duas décadas, a de goleiro.

Só que o Palmeiras só fez um jogo-treino fechado com o Mogi Mirim desde então.

E nesta noite, quando pisar na Arena Barueri para reencontrar o clube paranaense e tentar ir às quartas da competição, terá tido 14 dias livres de treinos e aparente clima de tranquilidade.

"Sempre gostamos de jogar. Mas [essa folga] serviu para trabalhar, para limpar a cabeça de todo mundo e pensar no que vem pela frente", afirmou o atacante Barcos, que marcou um gol nos últimos oito jogos do time.

"O físico já não estava muito bom, porque estávamos jogando toda quarta e domingo. A cabeça estava cansada também. Mas agora podemos tomar com força a Copa do Brasil", concluiu o argentino.

A ausência de notícias e resultados negativos nas duas últimas semanas amenizou o teor das críticas sobre o trabalho feito pelo treinador.

Os jogadores que estavam prestes a deixar o clube, já o fizeram. O último dos seis liberados, o atacante Ricardo Bueno fez seu treino de despedida na segunda-feira.

E um grupo novo começa a ser construído. Além de Mazinho e Fernandinho, ex-Oeste, Scolari ganhou o meia Felipe, que estava emprestado ao Mogi Mirim, e está testando dois meninos oriundos das categorias de base.

Ainda faltam, é verdade, novas opções de volantes e centroavantes, já que os atuais titulares ficaram sem reservas com experiência com a reformulação do elenco.

No gol, o problema também parece, por enquanto, resolvido. Deola, o sucessor natural de Marcos, virou reserva após falha ante o Guarani. E Bruno fará sua segunda partida seguida de titular.

Enfim, a paz voltou a reinar no clube. Nada que uma eventual eliminação para o Paraná não tenha força para estragar. O time alviverde se classifica com vitória por qualquer placar, empate ou derrota por 1 a 0. Se ficar 2 a 1, a decisão será nos pênaltis.

Afinal, nos últimos anos, crise e Palmeiras costumam caminhar lado a lado. E não há tempo que dê jeito nisso.

NA TV
Palmeiras x Paraná
22h Band, ESPN Brasil e Sportv

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