Índice geral Esporte
Esporte
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Após maratona de jogos, Mari é cortada do Pré-Olímpico

VÔLEI
Com 59 partidas desde agosto, ponteira se queixa de dores em ombro, joelho e lombar

MARIANA BASTOS
ENVIADA ESPECIAL A SÃO CARLOS

A maratona de jogos da seleção feminina de vôlei fez mais uma vítima.

Com tendinite no ombro, lesão no joelho esquerdo e sentindo dores na região lombar, a ponteira Mari, 28, foi cortada da equipe que busca vaga para Londres-2012 no Pré-Olímpico sul-americano, disputado em São Carlos (SP).

A atleta foi uma das mais sacrificadas pelo excesso de torneios que a seleção jogou no segundo semestre de 2011.

Nos últimos nove meses, Mari disputou quatro torneios pela seleção (Grand Prix, Sul-Americano, Pan e Copa do Mundo) e dois pelo seu clube, o Rio de Janeiro (Top Volley e Superliga).

No total, Mari entrou em quadra em 59 jogos (média de uma partida a cada quatro dias) e teve apenas 23 dias de folgas entre as competições que disputou desde agosto.

"A gente [jogadoras da seleção] não parou desde a Copa do Mundo [em novembro]. Fomos trocando a roda com o carro andando", disse Mari ontem. Segundo ela, muitas de suas dores começaram na Copa do Mundo.

Mesmo assim, a jogadora não foi poupada de nenhuma das 28 partidas que o Rio disputou na Superliga entre dezembro e o meio de abril.

Teve inclusive que jogar na Suíça em um torneio amistoso de clubes (Top Volley) ocorrido no fim de dezembro, durante o período em que a Superliga faz seu recesso.

Na seleção, a jogadora acabou sobrecarregada por lesões de suas companheiras de posição. Jaqueline se machucou no Pan, e Fernanda Garay, pouco depois, durante a Copa do Mundo.

No clube, a sobrecarga durante a Superliga ocorreu por conta da ausência de Natália, que ainda se recupera de uma cirurgia na canela e desfalca também a seleção.

"Fui administrando as dores no clube. Mas, na reta final da Superliga, a coisa estava mais crítica. Mas não tinha jeito. Com a contusão da Natália, não tinha outra reposição. Fiquei sobrecarregada mesmo", contou Mari.

A Folha apurou que as comissões técnicas da seleção e do clube, comandadas respectivamente pelos desafetos José Roberto Guimarães e Bernardinho, culpam uns aos outros pela má forma física das jogadoras. As equipes têm em comum Natália, Sheilla, Mari, Fabi e Juciely.

Fato é que a equipe nacional e o Rio pouco pouparam suas estrelas, que tiveram que atuar em torneios de pouca expressão como o Sul-Americano, pela seleção, e o Top Volley, pelo clube. Fabiana foi a única poupada ontem com estiramento na coxa.

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.