Clube chega à 3ª final e esquece jovens promessas

Para chegar à terceira final seguida de Paulista, o Santos foi ao mercado comprar maturidade e experiência.

O projeto Muricy inverteu a lógica de Dorival Júnior, que apostou em garotos para conquistar o primeiro estadual da atual sequência, em 2010.

A equipe que estará em campo na final de hoje não tem nenhuma promessa, nenhuma revelação recente das categorias de base santistas.

Há dois anos, o time de Dorival que superou o Santo André tinha muitas estrelas recentes, peças centrais do time: Neymar, Ganso, André.

Durante a final do ano passado, sob comando de Muricy, as promessas já rareavam. O goleiro Rafael estava se consolidando, após fazer bom Brasileiro no ano anterior. O meia Alan Patrick buscava espaço, assim como os laterais Danilo e Alex Sandro.

A base do time, porém, já havia sido testada em 2010.

Para substituir os garotos que foram negociados com o exterior, Muricy deu preferência a forasteiros mais experientes e praticamente ignorou as categorias de base.

No time de hoje, não há nenhum jogador que tenha sido revelado recentemente.

Os jovens que o técnico permite treinar junto com o time de cima têm pouca chance de mostrar serviço em jogo. Mesmo quando faltam peças de reposição, Muricy prefere improvisar jogadores fora de posição a usar a base.

Em abril, o treinador criticou a compleição física de um lateral dos juniores, Crystian, e disse que ele precisava passar por um reforço muscular.

Muricy já pediu para a diretoria buscar reforços para o Brasileiro, que começa no domingo que vem, contra o Bahia, em Salvador. Sua lista, no entanto, é de atletas que já tenham mostrado valor em equipes profissionais.

Nada indica que ele tenha planos de confiar em jovens promessas do time.