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Soberano

Neymar faz Santos superar erros da defesa santista, carrega o clube a seu 20º título paulista, o terceiro seguido, e repete feito que só Pelé havia alcançado

Juca Varella/Folhapress
Craque do Santos comanda primeiro tricampeonato do Santos e do Paulista desde Pelé
Craque do Santos comanda primeiro tricampeonato do Santos e do Paulista desde Pelé

ADRIANO WILKSON
MARCEL RIZZO
DE SÃO PAULO

Santos 4

Alan Kardec, aos 2min, e Neymar, aos 9min do 1º tempo; Neymar, aos 26 min, e Alan Kardec, aos 46min do 2º tempo

Guarani 2

Fabinho, aos 5min, e Bruno Mendes, aos 16min do 1º tempo

Aos 68 segundos de jogo, o Morumbi lotado já gritava "tricampeão", confiante no título incontestável. O Santos vencia e podia tomar três gols que ainda ficaria com a taça.

Quinze minutos depois, o estádio deu um passo atrás.

"Vamos ser tri, Santos", começaram a suplicar os 50 mil alvinegros que foram à final.

Era um misto de preocupação e solidariedade pelos graves erros da equipe, que permitiram a reação do Guarani.

Vã preocupação. Porque, apesar de jogar mal, o Santos tinha Neymar. E quando Neymar acerta, redime sozinho os pecados do resto do time.

Os números contam a história. Ontem, o astro fez dois gols. Foi o artilheiro deste Paulista, com 20 tentos.

Neymar carregou a equipe ao 20º título estadual de sua história. O Santos igualou ontem o São Paulo no ranking de conquistas do Paulista.

Ainda está atrás de Corinthians (26) e Palmeiras (22). Se depender do que Neymar exibe em campo, a distância deve diminuir em breve.

O de ontem foi o quinto troféu levantado por ele com o Santos nos três anos em que é profissional. Também ganhou a Copa do Brasil de 2010 e a Libertadores de 2011.

A final deste Estadual foi fácil como nunca havia sido uma decisão para o Santos.

Já começou assim, graças à vantagem de três gols construída no primeiro jogo.

E ontem, na partida de volta, ficou mais tranquila ainda quando Alan Kardec abriu o placar no segundo minuto, completando passe de Elano.

Quando a torcida já festejava o título antecipado, a equipe relaxou. E vacilou.

Dois erros grotescos, um de Durval e outro de Rafael, permitiram ao Guarani reagir.

O brio dos campineiros e a apatia santista deram à decisão um pouco de suspense.

O Santos jogava mal, parecia nervoso e afligia as arquibancadas do Morumbi.

O Guarani, mesmo desfalcado de quatro homens, dois deles sua espinha dorsal -Fumagalli e Oziel-, era ofensivo e chegou perto de estar à frente do placar. Se não dava esperança à torcida, causava-lhe ao menos orgulho.

As equipes foram para o intervalo com empate em 2 a 2.

Mas Neymar acabou com o suspense. Seus toques na bola tiraram de novo o grito de campeão entalado da garganta da torcida alvinegra.

O atacante já marcara um gol de pênalti. Depois, driblou, correu, deu assistências e completou às redes uma bonita jogada de Juan. Transformou o empate em vitória, e a vitória, em espetáculo.

No último minuto de jogo, Alan Kardec, bom coadjuvante, ainda marcou o quarto gol, com finta no goleiro que lembrou os melhores momentos de Ronaldo na seleção.

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