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Sem arrependimento

Michael Phelps promete voltar a competir com alto nível em Londres, mas diz que não mudaria passado de baladas e preguiça

Ronald Martinez - 13.mai.12/France Presse
Phelps em evento do Comitê Olímpico dos EUA, em Dallas
Phelps em evento do Comitê Olímpico dos EUA, em Dallas

MARIANA LAJOLO
ENVIADA ESPECIAL A DALLAS

Michael Phelps, 26, se prepara para a última Olimpíada. Com 16 medalhas, 14 de ouro, e o status de melhor nadador da história, poderia estar relaxado. Mas não está.

Nos últimos três anos, ele não foi o mesmo Phelps que encantou o mundo em 2008 com oito ouros em Pequim. Baladas, compromissos e até preguiça o levaram a treinos ruins e resultados idem.

Agora, o norte-americano se prepara para a seletiva de seu país, em 25 de junho. Só depois saberá em que provas nadará em Londres, em julho.

"Em 2010 eu não estava nem aí. O ano passado foi tão frustrante. Não era mais um sentimento que dava para aguentar. Estou fazendo tudo que posso para lutar de novo e espero não ter ficado tão para trás", afirmou o atleta, em evento do Comitê Olímpico dos EUA, em Dallas.

Phelps também falou sobre seu duelo com Ryan Lochte, arrependimentos e o sonho da aposentadoria.

MAUS RESULTADOS
Acho que, em 2008, eu só não queria mais fazer aquilo tudo. Eu simplesmente não queria ir treinar, não me animava. Estava enfrentando novas emoções. Estava assim em 2009, em 2010. Mas no fim de 2010 eu comecei a mostrar mais interesse e a começar a achar aquela paixão de novo. Era algo que eu tinha que achar por mim mesmo.

DUELO COM RYAN LOCHTE
Espero que eu esteja num melhor lugar do que nos últimos anos. Não foi divertido. Me coloquei nessa posição, de não nadar os tempos que eu queria. Ele estava deitando e rolando em mim.

SEM ARREPENDIMENTO
Eu precisava encarar tudo isso. Sou um tipo de pessoa com quem você pode até falar, mas se eu não tiver a experiência, não aprenderei. Mas me fez crescer e aprender. Eu não mudaria nada.

METAS
Eu estabeleci algumas metas. Sei que não serão oito medalhas de novo. Já quis reavaliar meus planos para torná-los mais fáceis porque eu não queria ter trabalho. Bob [Bowman, técnico] falou para eu continuar a me desafiar. E quando eu achei minha paixão de novo, fiquei feliz por ele ter feito isso. Suas metas devem lhe forçar a trabalhar e enfrentar tempos desconfortáveis. É algo que sempre tive e assim terminarei minha carreira.

PROVAS EM LONDRES
Bob e eu temos planos. Ele é a única pessoa além de mim mesmo que pode me ajudar. Minha mãe não vai pular na piscina e treinar por mim. Embora eu saiba que ela gostaria de fazer isso às vezes. O melhor programa [de provas] é aquele que me dá melhores chances. Não vamos nos sobrecarregar com eventos que vão atrapalhar em outros.

SELETIVAS
Garantir meu posto é o mais importante. Assim que fizer isso, vou refazer minhas metas e seguir em frente.

APOSENTADORIA
Esse é meu vigésimo ano no esporte. Já tinha dito que não nadaria pós os 30. Seu eu continuar após essa Olimpíada, estarei com 31 em 2016.

TORCEDOR
Minha mãe disse que eu vou para o Rio [Olimpíada de 2016]. Eu disse que podemos ir, ver os eventos e nos divertir. Desde 2001 vou a todos os torneios mais importantes, nadando todos os dias. Adoraria ir para o Mundial só assistir e torcer pelo meu país.

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