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Império Roman move o inglês Chelsea na decisão

COPA DOS CAMPEÕES
Fracasso em Munique pode acabar com veteranos

SANDRO MACEDO
ENVIADO ESPECIAL A MUNIQUE

Desde 2003, uma parte central de Londres vive sob o domínio do império Roman. Foi quando o magnata russo Roman Abramovich comprou o Chelsea, tornando-o seu principal brinquedo.

Neste sábado, na Allianz Arena, em Munique, contra o local Bayern, Roman e seus asseclas terão a chance de ganhar seu prêmio mais cobiçado: a Copa dos Campeões.

Por ela, Roman faz o que quer com o clube. É política autocrática. Mas o soberano não é chamativo em público, como o colega de Milão, Silvio Berlusconi, dono do Milan e de metade da Itália.

Com os técnicos, usa o melhor estilo brasileiro: falhou, está fora. Nada de trabalhos longos, como reza a cartilha europeia. A exceção foi José Mourinho, também ditador.

Com os jogadores, o magnata não pensa duas vezes ao injetar quantias proibitivas de libras provenientes das riquezas mineiras de outro antigo império, o soviético.

Apesar do absolutismo, a casa de Roman é corrompida pelo Senado, que ganhou força debaixo de seu nariz.

O trio de senadores é formado por John Terry, 31, zagueiro encrenqueiro e colecionador de polêmicas, Frank Lampard, 33, queridinho da torcida e ex-candidato a estrela da seleção inglesa, e Didier Drogba, 34, atacante mimado e de pontaria certeira.

Juntos, já foram acusados de derrubarem técnicos.

Luiz Felipe Scolari teria sido uma das vítimas, ao bater de frente com Drogba.

O atacante queria curar lesão no verão de Cannes. Scolari não autorizou. Foi o início do fim... para o brasileiro.

Mas o envelhecido trio sabe que a final de sábado pode ser o último suspiro.

Abramovich deu o sinal de que iniciaria uma reformulação no começo da temporada, quando trouxe o técnico português André Villas-Boas -que tem a idade de Drogba.

Com o treinador, Lampard descobriu a temperatura do banco de reservas, Drogba perdeu espaço para Torres, ex-pior atacante do mundo, e Terry viu aumentar a concorrência na defesa. O trio jogou mal e minou o time até a demissão do técnico.

A equipe, com o trio de volta a titularidade sob comando do amigão Roberto di Matteo, jogou bem e foi à final da Copa dos Campeões.

Mas não deu tempo de se colocar entre os quatro no Inglês. Como resultado, o bilionário Chelsea pode ficar fora da disputa da Copa dos Campeões do ano que vem se perder para o Bayern.

Drogba seria a primeira cabeça a ser cortada. O atacante já tem propostas milionárias do futebol chinês. Roberto Carlos, dono do cheque no Anzhi, também cresceu o olho para o marfinense. O último boato dá conta até de negociação com o Barcelona.

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