Munique já vive clima de festa às vésperas da final

Faltam ainda cinco meses para outubro. Mas em Munique o calendário correu. Em meados de maio, a cidade alemã vive clima de Oktoberfest.

A dois dias da final da Copa dos Campeões, entre o local Bayern e o inglês Chelsea, ontem, tudo já lembrava aos poucos desavisados que a disputa do título do principal torneio europeu se aproxima.

Talvez a Allianz Arena, palco da decisão de amanhã, seja o ponto fora da curva. Em suas cercanias, apenas curiosos faziam fotos em frente ao "pneu". Um casal de brasileiros lamentava a falta de ingresso -dois dias antes nem com o jeitinho do ministro Aldo Rebelo, pelo menos, não na Copa dos Campeões.

De resto, da porta do aeroporto aos cartazes do metrô, são várias as referências tanto ao jogo quanto ao Champions Festival, que tem atraído milhares de pessoas no Olympiapark, complexo que recebeu a Olimpíada de 1972.

Na tarde ensolarada que fez ontem na capital da Bavária, os visitantes se espalhavam pela colina, tiravam fotos com a "orelhuda"(apelido do troféu) e visitavam um moderno museu, com fotos, vídeos e adereços de antigas finais do torneio. E consumiam a valer: de bonés e camisetas especiais sobre a decisão a crepes e muita cerveja.

Alguns patrocinadores também insistiam com quem passasse para participar de promoções, valendo ingressos para a final -o casal de brasileiros não sabia dessa.

Entre um gol e uma compra, ainda dava tempo de pedir autógrafos para alguns jogadores do passado. O mais assediado era Elber, atacante brasileiro que fez parte da última conquista do Bayern, em 2001, e que acredita que o jogo deste ano pode se resolver só nos pênaltis, como no ano em que ele ganhou.

Amanhã, vários ex-atletas participam de uma pelada no Estádio Olímpico, como Cafu, Zico, Elber, Laudrup, Van der Sar e Gullit, entre outros.

Tanto no Olympiapark como nas ruas do centro, torcedores do Chelsea eram vistos aqui e ali, normalmente reconhecidos pelos cânticos a todo pulmão. Mas nada parecido com os "hooligans". Espera-se que os torcedores mais fervorosos do clube inglês apareçam apenas no dia do confronto. Na rua Orlando, com a loja oficial do Bayern fechada, outra, não exatamente oficial, aproveitava-se para lucrar. Uma das atendentes tinha que ficar na porta para controlar a entrada e comemorava: "É quase a Oktoberfest". É a Maifest.