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Pacto Em um Pacaembu tomado por seus torcedores, Corinthians quer anular o ataque do Vasco para não repetir traumas do passado LUCAS REISDE SÃO PAULO Casa cheia, a torcida faz pacto de apoio incondicional e o Corinthians precisa de apenas um gol para avançar. A equipe de Tite segurou um empate sem gols no Rio e avançará às semifinais da Libertadores pela segunda vez na história com qualquer vitória. Empate com gols dá a vaga ao Vasco, e novo 0 a 0 leva a disputa aos pênaltis. O cenário de hoje à noite, em um Pacaembu lotado, é parecido com o de outros duelos em mata-mata que derrubaram o time em outras edições da competição. Contra Flamengo (2010), River Plate (2003 e 2006) e Palmeiras (2000) o Corinthians jogou com sua torcida o jogo de volta sem precisar de milagres, nem de um caminhão de gols: bastaria uma vitória simples e pronto. Mas em todos os casos tudo deu errado justamente naquele que é o maior temor de Tite, dos jogadores e de cada corintiano vivo: sofrer gol. "É importante falar sobre o jogo e deixar isso de levar gol de lado. Conversamos sobre tirar vantagens e possibilidades do adversário. A conversa tem que ser mais nessa linha do que de se tomar um gol", afirmou o lateral Alessandro. "Sofrer gol em casa é horrível", completou. Foi assim contra o Flamengo, contra o River e contra o Palmeiras -neste, até mesmo um empate bastaria. O time levou um gol, a missão se complicou, a torcida entrou em pânico e veio a eliminação. Em 1999, também ante o Palmeiras, o Corinthians precisava vencer por 2 a 0. Conseguiu o resultado, mas acabou perdendo nos pênaltis. "Contra a Ponte Preta fomos surpreendidos. A equipe não pensou que poderia perder o jogo. Faltou o medo de perder. Essa condição agora é diferente. Todo o contexto e a própria competição dão o sinal de alerta", disse. Quando questionado sobre o que mudou no clube em relação a essas eliminações, Tite se esquivou. "Eu posso falar dessa equipe, deste grupo, que há três Libertadores é basicamente o mesmo", afirmou. "São 90 minutos em que se constrói uma vitória, não no primeiro lance." Para ele, é nessas horas que a torcida tem seu peso. "Que ele [o torcedor] jogue com a gente. A emoção vem de fora e bate no atleta, principalmente quando ele erra. Isso pode fazer a diferença. O torcedor corintiano pode fazer a diferença, sim", disse. O retrospecto do time no torneio dá otimismo. Único invicto, o Corinthians só sofreu dois gols em nove jogos, e nenhum em São Paulo. Tite vai manter o time que empatou em São Januário há uma semana. E promete atacar. "É sua característica. Tem que ser melhor que o rival, procurar o gol desde o primeiro minuto, marcar bem e administrar situações."
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