Outro lado

Ex-aliados divergem sobre os problemas no convênio

Ex-aliados, hoje adversários políticos, Rubens Furlan e Gil Arantes negam irregularidades e culpam um a administração do outro por possíveis problemas no convênio.

Por meio de sua assessoria, Arantes disse que o acordo firmado com o Grêmio Barueri em sua gestão previa o apoio ao esporte amador dentro das escolas públicas.

"Todo dinheiro que foi gasto irregularmente com o esporte profissional foi do atual governo. A acusação com relação à minha gestão é exclusivamente pelo fato de ter sido feito esse convênio sem licitação, o que é perfeitamente legal", disse Arantes.

Marco Aurélio Toscano, advogado de Furlan, disse que o prefeito herdou o convênio da administração anterior e que abriu sindicância ao saber das investigações.

A defesa do atual prefeito questiona o valor a que a promotoria chegou dos supostos pagamentos ilegais (cerca de R$ 18,5 milhões, corrigidos).

"A sindicância apontou R$ 1,3 milhão e temos um novo parecer positivo do Tribunal de Contas com relação a esse valor", disse Toscano.

Pouco mais de 40 dias depois de ter os bens bloqueados, Rubens Furlan e dois filhos deixaram a sociedade da empresa do ramo imobiliário Rubi's, o que causou estranheza no Ministério Público.

Avisada, a Justiça determinou que essa mudança do contrato social não valeria para fins do bloqueio dos bens do prefeito. Uma empresa chamada AB103 Participações se tornou sócia da Rubi's, com valor na sociedade de R$ 3,7 milhões.

"Ele é o dono da AB103. Foi alteração societária, mas continua dono da empresa. Tanto que, para não pairar dúvidas, o prefeito depositou em juízo o valor de R$ 1,3 milhão", disse Toscano. (MR)