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Aos trancos

Santos se afoba, abusa dos erros, vê Alan Kardec salvar a equipe e só mostra tranquilidade nos pênaltis para avançar à semifinal da Libertadores

Santos 1
Alan Kardec, aos 32min do 2º tempo
Vélez Sarsfield 0

ADRIANO WILKSON
ENVIADO ESPECIAL A SANTOS

Apenas três minutos viraram o mundo do caneludo atacante Alan Kardec de cabeça para baixo. Ele foi o herói da classificação santista na semifinal da Libertadores.

Por muito pouco não foi o vilão. Perdeu um gol mais do que feito no segundo tempo, daqueles que marcam a carreira de qualquer jogador.

Então, era 0 a 0, o Santos estava sendo eliminado, e Alan Kardec, perto de seu inferno pessoal. Segundos depois, acertou chute colocado, abriu o placar e foi aos céus.

Houve outros heróis, como Rafael, que pegou um pênalti, e o lateral Léo, que saiu da reserva para mudar a partida. Houve, Neymar, bem como sempre. Mas Alan Kardec, o mais coadjuvante do time titular, fez o gol salvador.

Ganso apareceu pouco em seu último jogo antes de ter o joelho operado. Acertou um pênalti. Hoje, vai para a sala de cirurgia. Só deve voltar em uma eventual decisão.

O Santos vai pegar o Corinthians, no clássico paulista que decide uma vaga na final.

O jogo de ontem teve sofrimento para cada um dos 13 mil torcedores na Vila.

Como o placar da partida da ida foi 1 a 0 para os argentinos, o gol de Alan Kardec levou a decisão aos pênaltis.

E aí, o Santos foi perfeito. Acertou suas quatro cobranças. O Vélez errou duas.

Foi o único lampejo de calma e frieza do time da casa.

Que não se subestime a importância do torcedor. O Santos por pouco não foi eliminado pelo nervosismo que adquiriu das arquibancadas.

Poucas vezes se viu alento vindo de lá. Na maior parte do tempo, era cobrança, pressão, agonia, pressa.

Precisando de dois gols, o Santos partiu para cima, mas tropeçou em suas pernas, errou passes, ficou sem opção de jogadas, rifou a bola.

Um lance ainda na metade do primeiro tempo exemplifica o desespero da equipe.

O goleiro Rafael ia bater um tiro de meta. Demorou demais na opinião da torcida, que passou a gritar por rapidez. Ele chutou de qualquer jeito, isolou a bola na lateral.

O jogo correu, e a bola corria do Santos. Mas um lance isolado mudou todo jogo.

Elano lançou Neymar na frente da área. Neymar venceu o goleiro com um suave toque de cabeça e ofereceu o corpo para ser derrubado.

O juiz deu falta e expulsou o Barovero. O Santos, com um a mais, passou a jogar como em treino de ataque contra defesa. Mesmo assim, não pôde transformar vantagem numérica em vantagem no placar. No fim, a calma venceu o medo. O Santos avança.

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