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Presidente da CBF, José Maria Marin conta como acompanha convocações da seleção, que não pensou em substituto e que o Brasil vai ganhar a Copa

RODRIGO MATTOS
ENVIADO ESPECIAL A BUDAPESTE

As convocações da seleção brasileira estão sob escrutínio do presidente da CBF, José Maria Marin.

Ele disse não interferir nas escolhas do técnico Mano Menezes. Mas assiste a jogos no Brasil e no exterior para analisar jogadores e saber se as listas são "naturais".

Quem explica o processo é o próprio Marin à Folha.

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Folha - Conte da sua rotina sobre assistir a jogos depois que virou presidente da CBF?
José Maria Marin - Em casa, a TV é 80% à procura de programa esportivo.

Como o senhor avalia técnico?
A avaliação não é do Marin, é de vocês [imprensa] também. São pelos resultados. Não é só um resultado, são vários.

Como o senhor avalia se o time está melhorando?
Você faz a média. O termômetro de avaliação começa pela imprensa. Juntamente com a opinião popular.

Como é na seleção?
O Andres [Sanchez, diretor de seleções], falamos quase que diariamente. Mesmo agora, com a contusão do Daniel [Alves, lateral] do Barcelona, ele me ligou. E disse para ele que tinha a liberdade para escolher o substituto. Eles [Mano e Andres] escolheram. Imediatamente, me comunicaram e eu concordei. O jogador preenche todos os requisitos da seleção [foi escolhido Rafael, lateral direito do Manchester United]. Converso tanto com o Andres quanto com o Mano. Converso mais com o Andres, que o que ele fala comigo já falou com Mano. Quero dizer que nunca conversei com outro técnico desde que cheguei à CBF. Sou amigo de vários. E nunca perguntei para qualquer dirigente sobre técnico.

Causou constrangimento aquelas suas declarações antes da última convocação?
Conversei com ele [Andres] antes e depois. Diante da minha enorme responsabilidade como presidente da CBF. E a cobrança, pode não ser no começo, mas será no final. Eu que vou ser cobrado, dividido com o técnico e com o diretor. Considero um absurdo (...) eu tomar conhecimento pelo jornal, ou pelo rádio.

Há uma explicação deles [Andres e Mano] junto da lista?
Essa última lista foi natural. Conheço todos os jogadores, sei onde atuam.

O senhor pergunta quando não conhece algum?
Você pode indagar. Foi uma convocação natural, jogadores conhecidos. Tanto que a imprensa divulgou com naturalidade.

É porque o senhor assiste a muito futebol que pode saber?
Tento acompanhar o futebol no mundo inteiro. Principalmente acompanhar a situação de cada jogador do exterior. Você tem que analisar o tipo de campeonato, qualidade de adversário.

Isso serve para avaliar o próprio técnico?
Claro, claro. É diferente o time que participa do Brasileiro do que o da Turquia.

Que campanha o senhor achará boa na Olimpíada? Pode não ganhar o ouro e ir bem...
Concordo. Atuar bem não significa ganhar. Às vezes o time vai bem e não conquista.

Mas o que espera?
Não é condição "sine qua non" ganhar. Vamos analisar a atuação.

Na Copa-2014, o que será considerado fracasso?
Com essa preparação toda, tenho duas convicções: vamos ganhar a Olimpíada e o mesmo acontecerá na Copa.

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