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São Paulo busca estender calmaria

SÉRIA A Após avançar na Copa do Brasil e superar crise entre Leão e dirigentes, equipe tenta 1ª vitória no Nacional

LEONARDO LOURENÇO
DE SÃO PAULO

A classificação para as semifinais da Copa do Brasil, após empate com o Goiás, devolveu ao São Paulo boa parte da calmaria que tinha sido levada embora pelos problemas entre o técnico Emerson Leão e a diretoria do clube.

Hoje, contra o Bahia, às 16h, no Morumbi, a missão do time é estender o período de paz, tão raro nas últimas semanas, por ao menos mais dez dias -o campeonato para e só volta em 6 de junho.

O tempo pode afastar de vez a crise que quase derrubou Leão e tirar do pescoço do técnico a corda que o sufoca desde a eliminação do Paulista contra o Santos.

Ou é o que se espera.

Os efeitos do embate travado entre o treinador e os dirigentes, geralmente por declarações e contra-ataques na imprensa, não foram sentidos dentro do gramado.

Desde que os cartolas foram à concentração, horas antes do jogo contra a Ponte Preta, e desastrosamente tiraram Paulo Miranda da equipe, o São Paulo conquistou duas classificações na Copa do Brasil, competição que pode satisfazer, a curto prazo, a sede são-paulina por uma vaga na Libertadores de 2013.

"Nós conseguimos, dentro dos erros que cometemos, blindar um pouco [o elenco]", afirmou Leão. "Aqui [entre os atletas], nunca tivemos dificuldades, e isso faz o jogador prosperar dentro de campo."

O técnico, porém, não aliviou tanto para o time.

"Estamos devedores", disse ele, sobre a derrota na estreia do Brasileiro para o Botafogo, um 4 a 2 que começou 1 a 0 e depois foi a 2 a 1 para o São Paulo antes da virada.

"Saímos bem e terminamos mal. Temos que começar bem e terminar bem", pediu Leão, que também quer que a Copa do Brasil seja esquecida por enquanto -a disputa por uma vaga na final, contra o Coritiba, apenas começa em 13 ou 14 de junho.

"O que aconteceu [a classificação] foi ótimo, mas agora é só lá na frente."

ATENÇÃO DIVIDIDA

Leão fez coro aos críticos do calendário brasileiro e reclamou de ter que dividir a atenção da equipe entre as fases derradeiras da Copa do Brasil e o início do Brasileiro.

Ele, entretanto, disse que não tem intenção de poupar jogadores no Nacional enquanto o São Paulo sobreviver no torneio mais curto.

"Eu não posso nem pensar nisso", afirmou, por considerar que não tem jogadores suficientes para dar folga aos titulares. "Só se o departamento médico aconselhar."

Ponto de atrito entre Leão e a diretoria, a falta de reforços foi alvo de crítica leve do técnico. "Isso não me pertence, pergunte aos dirigentes."

Apesar dos pedidos, os cartolas não têm mostrado disposição em buscar novos jogadores para o treinador.

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