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Mundiais projetam sucesso do país
2012 DE SÃO PAULO Faltando menos de dois meses para a Olimpíada, o Brasil tem bons motivos para crer num bom desempenho em Londres. Levando-se em conta as medalhas obtidas no último Mundial de cada uma das modalidades olímpicas, o país somou oito ouros, cinco pratas e cinco bronzes. Em levantamento feito pela Folha, o país ocupa a décima posição no quadro de medalhas desse tipo de competição, a mais importante para a maioria das modalidades depois da Olimpíada. Se repetir esse desempenho em Londres-2012, o Brasil poderá bater o recorde de ouros (cinco, em Atenas-04), de medalhas (15, em Atlanta-96 e Pequim-08) e alcançar a melhor posição de sua história em uma edição olímpica (15º na Antuérpia-1920). O COB (Comitê Olímpico Brasileiro), no entanto, adotou projeção conservadora, na qual prevê ganhar em Londres o mesmo número de pódios de Pequim (15), sem definir a cor das medalhas. Há quatro anos, o Brasil acumulou três ouros, quatro pratas e oito bronzes e terminou na 23ª colocação. "A expectativa é que o Brasil tenha um desempenho semelhante ao apresentado em 2008, quando manteve a evolução qualitativa alcançada nos anos anteriores", disse o COB, referindo-se ao aumento do número de finais disputadas por brasileiros. Para Londres, a delegação brasileira já tem 225 classificados em 30 modalidades. INVESTIMENTO X PÓDIOS Nos Mundiais realizados no ciclo anterior a Pequim, o Brasil somou sete ouros, três pratas e cinco bronzes. "O levantamento da Folha evidencia a evolução do esporte brasileiro, saltando de 15 para 18 medalhas [em Mundiais], com uma de ouro e duas de prata a mais em relação ao período anterior", ressaltou o comitê. Mas a ligeira evolução não reflete a explosão de investimento que vem alimentando o esporte brasileiro desde 2009, quando o Rio ganhou o direito de sediar os Jogos-16. O montante da Lei Piva repassado às confederações aumentou em 41% de 2009 para 2011. Alguns esportes sem tradição no Brasil, que penavam para conseguir patrocinadores, praticamente dobraram suas receitas com o investimento de estatais. Mesmo assim, a diversificação das conquistas não ocorreu. Nos Mundiais anteriores a Pequim, o Brasil foi campeão em oito modalidades: atletismo, judô, vela, vôlei, vôlei de praia, futebol, ginástica artística e taekwondo. Na lista atual, natação e boxe são as novidades, saindo apenas o taekwondo. Curiosamente, as duas últimas modalidades estão entre as cinco turbinadas por verba da Petrobras desde 2011. Mas, enquanto o patrocínio se reverteu em conquistas inéditas no boxe -como o ouro de Éverton Lopes no Mundial-2011-, no taekwondo, o desempenho só caiu. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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