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Nacional opõe estilos na decisão
BASQUETE DE SÃO PAULO São José e Brasília utilizaram estilos opostos para alcançar a final do NBB, a liga nacional masculina. A decisão será em jogo único hoje, às 10h, em Mogi das Cruzes, com transmissão da Globo. O time do Distrito Federal é adepto do basquete de transição, no qual se caracteriza o contra-ataque rápido e a conclusão da jogada antes que a defesa rival consiga se armar em seu garrafão. São José prefere a paciência. As investidas ofensivas são mais bem trabalhadas, mesmo contra uma defesa já postada, mas com a valorização da posse de bola. No cenário internacional, a tática brasiliense é comumente vista em campeonatos dos Estados Unidos, nos times universitários e da NBA. O ataque adotado por São José é característico dos times europeus e argentinos. Até a seleção brasileira está adotando essa tática desde que o argentino Rubén Magnano assumiu o time, em 2010. "Não sou o dono da verdade. Cada treinador tem seu estilo. Se o que eu prego servir para ajudar a desenvolver o basquete no Brasil, fico feliz", disse Magnano, após a classificação de Brasília para a final, no domingo passado. Apostando na transição, Brasília acumulou três títulos nacionais. Triunfou em 2007, quando a competição era organizada pela CBB (Confederação Brasileira de Basquete), em 2010 e 2011, aí já chamado de NBB e organizado por uma liga de clubes. "Na transição, a possibilidade de erro é maior, mas eu prefiro jogar assim", afirmou o armador Nezinho, de Brasília. Seus números na competição indicam a preferência por definir as jogadas ofensivas rapidamente. Ele é um dos cestinhas deste NBB com 16 pontos de média. Apenas um a menos que os maiores pontuadores de seu time, os alas Alex e Guilherme -ambos somam cerca de 17 pontos, em média. Nezinho costuma distribuir 5,6 assistências por apresentação e é o terceiro garçom da competição. O líder nesta estatística é o armador Fúlvio, de São José, com 8,2. Contra o Uberlândia, na 1ª fase, Fúlvio bateu o recorde do NBB, com 21 assistências. "Fico mais feliz dando um passe do que fazendo a cesta", afirmou o atleta. Régis Marreli, técnico do time paulista, não gosta de rotular o estilo de sua equipe. "Tento misturar o estilo dos Estados Unidos e o europeu. Sabemos jogar na transição também. Como Brasília é muito mais forte fisicamente, eles apostam mais [na transição]", comentou Marreli. José Carlos Vidal, treinador de Brasília, sustentou que a tática de sua equipe beneficia até aos torcedores. "Estados Unidos são os melhores do mundo e são campeões assim. A transição tem a vantagem de entreter mais o público do que o jogo europeu", disse Vidal, para quem a transição ocorrerá hoje se seu time estiver bem nos rebotes defensivos. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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