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Nacional opõe estilos na decisão

BASQUETE
São José e Brasília se enfrentam hoje em Mogi das Cruzes

DANIEL BRITO
DE SÃO PAULO

São José e Brasília utilizaram estilos opostos para alcançar a final do NBB, a liga nacional masculina. A decisão será em jogo único hoje, às 10h, em Mogi das Cruzes, com transmissão da Globo.

O time do Distrito Federal é adepto do basquete de transição, no qual se caracteriza o contra-ataque rápido e a conclusão da jogada antes que a defesa rival consiga se armar em seu garrafão.

São José prefere a paciência. As investidas ofensivas são mais bem trabalhadas, mesmo contra uma defesa já postada, mas com a valorização da posse de bola.

No cenário internacional, a tática brasiliense é comumente vista em campeonatos dos Estados Unidos, nos times universitários e da NBA.

O ataque adotado por São José é característico dos times europeus e argentinos. Até a seleção brasileira está adotando essa tática desde que o argentino Rubén Magnano assumiu o time, em 2010.

"Não sou o dono da verdade. Cada treinador tem seu estilo. Se o que eu prego servir para ajudar a desenvolver o basquete no Brasil, fico feliz", disse Magnano, após a classificação de Brasília para a final, no domingo passado.

Apostando na transição, Brasília acumulou três títulos nacionais. Triunfou em 2007, quando a competição era organizada pela CBB (Confederação Brasileira de Basquete), em 2010 e 2011, aí já chamado de NBB e organizado por uma liga de clubes.

"Na transição, a possibilidade de erro é maior, mas eu prefiro jogar assim", afirmou o armador Nezinho, de Brasília. Seus números na competição indicam a preferência por definir as jogadas ofensivas rapidamente.

Ele é um dos cestinhas deste NBB com 16 pontos de média. Apenas um a menos que os maiores pontuadores de seu time, os alas Alex e Guilherme -ambos somam cerca de 17 pontos, em média.

Nezinho costuma distribuir 5,6 assistências por apresentação e é o terceiro garçom da competição. O líder nesta estatística é o armador Fúlvio, de São José, com 8,2.

Contra o Uberlândia, na 1ª fase, Fúlvio bateu o recorde do NBB, com 21 assistências. "Fico mais feliz dando um passe do que fazendo a cesta", afirmou o atleta.

Régis Marreli, técnico do time paulista, não gosta de rotular o estilo de sua equipe. "Tento misturar o estilo dos Estados Unidos e o europeu. Sabemos jogar na transição também. Como Brasília é muito mais forte fisicamente, eles apostam mais [na transição]", comentou Marreli.

José Carlos Vidal, treinador de Brasília, sustentou que a tática de sua equipe beneficia até aos torcedores.

"Estados Unidos são os melhores do mundo e são campeões assim. A transição tem a vantagem de entreter mais o público do que o jogo europeu", disse Vidal, para quem a transição ocorrerá hoje se seu time estiver bem nos rebotes defensivos.

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