Gramado vira só detalhe em jogo disputado em estádio gigantesco

A presença dos gigantescos telões pendurados sobre o gramado e a quantidade de opções de alimentação à disposição do público fazem da experiência de ver um jogo de futebol no Dallas Cowboys Stadium algo diferente.

Muita gente acompanhou a partida entre Brasil e México de lugares dos quais era impossível ver o gramado.

Para agradar a essa gente, mesas e cadeiras à vontade, além de balcões para apoiar a bebida e a comida. E TVs penduradas nas paredes porque, afinal, havia uma partida de futebol em curso ali.

Outra parte do público até conseguia ver o campo, mas preferia olhar para cima e admirar a imagem perfeita das duas telas de 49 m x 22 m.

Apesar de tantos elementos a dispersar a atenção do público, a atmosfera era a de um jogo de futebol mesmo.

Em grande parte graças ao barulho que os mexicanos, maioria absoluta na arena, fizeram durante toda a tarde.

O ruído das buzinas e da gritaria era amplificado pelo estádio coberto, com temperatura constante de 21 graus por conta do ar condicionado que deixava o calor do Texas longe da partida.

Como ficaram longes também as referências ao time da casa, o Dallas Cowboys, ou seu esporte, o futebol americano, nos corredores e nas áreas comuns do estádio.

"Toda nossa propaganda institucional é feita em telas de LCD", explicou à Folha Brett Daniels, diretor de comunicação e planejamento de eventos dos Cowboys.

As telas ontem exibiam fotos e vídeos relacionados a futebol. "O mesmo ocorre em jogos de basquete, lutas de boxe", disse Daniels. "Não queremos que o visitante se sinta fora de casa quando vier a evento que não seja de futebol americano", explicou.

A partida de ontem teve 84.516 pagantes, um recorde para jogos de futebol na história do estádio, que chegou a abrigar 109 mil pessoas para uma partida de basquete.

O ingresso mais barato custava o equivalente a R$ 100 e, fora do estádio, era intenso o movimento de cambistas, sobretudo querendo comprar entradas para revender.