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Ronaldinho é vetado por federação

SÉRIE A
Entidade do Rio impossibilita estreia do astro hoje e irrita o Atlético

SÉRGIO RANGEL
DO RIO

A Federação do Rio de Janeiro adiou a estreia de Ronaldinho pelo Atlético-MG.

Apresentado na segunda-feira com reforço do clube, Ronaldinho enfrentaria o Bahia, hoje, em Belo Horizonte, pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro.

Ontem, o departamento jurídico da federação não liberou o contrato do jogador, que foi rescindido pela Justiça trabalhista por meio de uma liminar na quinta-feira.

A entidade alegou que não foi citada na decisão do juiz da 9ª Vara do Trabalho do Rio, André Luis Amorim Franco. Para entrar em campo nesta noite, o jogador teria que ter o seu contrato registrado no BID (Boletim Informativo Diário) da CBF.

Sem a liberação do contrato pela Ferj, o Atlético não teve legalizar a inscrição do atleta no Nacional.

Para um reforço jogar no Brasileiro, ele tem que ter a sua inscrição registrada no BID no dia anterior ao jogo.

"É uma molecagem. Esse é o exemplo que a cartolagem dá para os torcedores", esbravejou o presidente do Atlético-MG, Alexandre Kalil.

"A advogada do atleta levou a decisão judicial na federação, mas eles não quiseram receber. Só no futebol não se cumpre uma decisão judicial", completou.

Mesmo fora da partida, Ronaldinho deve ir ao estádio hoje para ser apresentado oficialmente aos torcedores.

Pela manhã, os advogados do clube mineiro vão novamente à sede da federação. Eles pretendem pedir a documentação do jogador para legalizar a transferência.

A intenção da diretoria mineira é escalar Ronaldinho na partida contra o Palmeiras, sábado, no Pacaembu.

Na noite de ontem, Kalil ligou para o presidente da CBF, José Maria Marin, e reclamou da decisão dos cariocas. "É por isso que a cartolagem brasileira é tratada como rato pelos torcedores. Estou horrorizado", acrescentou Kalil.

Na segunda-feira, Ronaldinho fechou contrato com o Atlético-MG, onde jogará até o final do ano. Neste período, ele receberá bem menos do que ganhava no Flamengo.

O jogador cobra de seu ex-clube na Justiça o pagamento de cinco meses de salários atrasados (cerca de R$ 5 milhões) e dívidas previdenciárias e tributárias.

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