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São Paulo e Inter 'revelam' seleção
SÉRIA A Quem olhar as escalações de São Paulo e Inter para o jogo de hoje, pelo Brasileiro, terá a falsa impressão de que se tratam de times dependentes de contratações, sem a formação de atletas na base. Mas tratam-se dos dois principais formadores de jogadores para a seleção atualmente, ao lado do Santos. Em campo, pelo Nacional, cada um dos times só deve contar com um atleta oriundo das próprias divisões inferiores -é possível que sejam dois no São Paulo. No elenco da seleção, em disputa de série de amistosos nos EUA, oito dos 22 jogadores saíram da base colorada ou da são-paulina. Esse time forma a espinha dorsal do que estará na Olimpíada. Essa realidade explica os significativos desfalques para as duas equipes. Bruno Uvini, Lucas e Casemiro não poderão jogar pelo São Paulo. Leandro Damião e Oscar estão fora pelo Internacional. Esse último nome, por sinal, foi revelado no centro de treinamento são-paulino, mas largou o clube em favor do Inter. Agora, tornou-se o camisa 10 da seleção. A disputa judicial em torno do meia gerou nova rivalidade entre os clubes, que já tiveram disputas em jogos importantes da Libertadores. Ao final, a batalha terminou com a obrigação de o Inter pagar R$ 15 milhões ao rival. "Acredito que é um prejuízo para os dois lados. São grandes jogadores, de qualidade", explicou o lateral direito Douglas. "Os elencos dos dois times têm substitutos. Veremos em campo quem perdeu mais com a convocação", reforçou o meia Jádson. Outros nomes que não estarão em campo -mas foram revelados pelos clubes- foram atletas negociados pelo Internacional: Juan, Alexandre Pato e Sandro. Ainda há Giuliano, que chegou ao Inter logo após se profissionalizar no Paraná, foi vendido e agora também integra o elenco brasileiro. Em campo, de fato, haverá Denílson, repatriado pelo São Paulo após sair novo para o Arsenal, e Muriel, revelação do Inter para o gol. Há ainda chance de o são-paulino Luiz Eduardo atuar na zaga. Na seleção, o peso dos dois times se justifica pelo investimento feito na base. O São Paulo gastou em torno de R$ 11 milhões com a base e tem dado mais chances aos garotos no time. Por coincidência, justamente após ser largado por Oscar, que reclamava de não jogar. O Internacional avalia em R$ 56 milhões os atletas formados em sua base que ainda estão em seu elenco. Uma prova de que a participação dos times na atual seleção não é circunstancial pode ser vista com uma análise dos 52 convocados por Mano. Neste grupo, um quarto dos jogadores foi formado pelos clubes, incluindo atletas como Romário e Henrique.
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