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Dilma deve liberar meia a estudante

2014
Fifa terá que negociar com Estados para derrubar descontos

FILIPE COUTINHO
NATUZA NERY
KELLY MATOS
DE BRASÍLIA

A presidente Dilma Rousseff deve liberar a meia-entrada para estudantes na Copa-2014, restando à Fifa negociar com os Estados para derrubar os descontos previstos em leis estaduais e assim evitar um prejuízo que pode chegar a U$ 100 milhões.

O "Diário Oficial da União" publica hoje a sanção da Lei Geral da Copa, com quatro vetos ao texto aprovado pelo Congresso Nacional.

Um dos artigos que deve ser vetado é o que trata das leis estaduais e municipais que dão descontos.

Pelo texto do Congresso, essas regras locais não valeriam para a Copa e a entrada reduzida para estudantes ficaria restrita aos chamados ingressos populares. Com o veto, esse benefício volta a valer no Mundial conforme as leis estaduais, cabendo a Fifa agora negociar com cada uma das 12 cidades-sede.

Um dos pontos questionados, segundo a Folha apurou, era a validade jurídica de uma lei federal determinar que uma estadual não pode ter vigência durante a Copa.

Como a Folha revelou em outubro, a Fifa havia afirmado ao governo brasileiro que não iria bancar o prejuízo de até US$ 100 milhões, caso todos os ingressos tivessem desconto de 50%. Agora, nova rodada de discussão, nos Estados, deve ser iniciada.

Outro ponto vetado por Dilma diz respeito dos ingressos populares. A presidente derrubou uma quota de ingressos populares para os jogos do Brasil por conta de "dificuldades operacionais" para colocar a venda em prática.

O texto aprovado no Congresso prevê 300 mil ingressos populares para estudantes, idosos e integrantes do Bolsa Família na Copa-2014. O preço estimado é de U$ 25.

Para evitar que fossem destinados apenas a jogos menores, há quota de 10% desses ingressos, ou 30 mil bilhetes, para os jogos do Brasil.

A Fifa alegou dificuldades operacionais em reservar os ingressos já que não está definido quantos jogos a seleção terá nem onde jogará a fase final, caso se classifique.

Se a seleção for às quartas, por exemplo, a Fifa pode preencher o que falta dos 30 mil ingressos e ficar sem bilhetes populares nos próximos jogos. Ou deixar parte dos ingressos para os jogos seguintes e a seleção perder.

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