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Elite

Hegemonia das seleções do continente e mais espaço a atletas locais fazem Eurocopa-2012 expor primeiro escalão do futebol mundial

RAFAEL REIS
DE SÃO PAULO

É lógico que Messi, Neymar e Drogba fazem falta. E que as seleções brasileira, argentina, uruguaia e mexicana seriam muito bem recebidas.

Mas, em sua 14ª edição, a Eurocopa, que tem a partida de abertura hoje, em Varsóvia (Polônia), e a de encerramento no dia 1º de julho, em Kiev (Ucrânia), pode dizer que reúne a elite do futebol.

Na contramão da economia, que enfrenta uma grave crise e perde importância para mercados antes periféricos, o esporte mostra força.

O cenário internacional nunca foi tão dominado pelas seleções europeias. E os clubes mais poderosos do mundo têm reduzido a dependência de atletas oriundos da África ou da América.

Pela primeira vez desde o bicampeonato italiano em 1934 e 1938, o Velho Continente detém os títulos das duas últimas Copas do Mundo. A própria Azzurra ganhou em 2006, e a Espanha, em 2010.

Essa hegemonia recente vai além dos títulos. A Itália desbancou a França na final do Mundial da Alemanha. A Espanha se sagrou campeã sobre a Holanda na África.

Sete dos oito semifinalistas dessas edições vieram da Europa. O Uruguai de 2010 foi o único intruso. Ainda sim, terminou na quarta posição, atrás dos favoritos da Euro.

Espanhóis, alemães e holandeses estão estacionados nas quatro primeiras posições do ranking da Fifa há dois anos. Apenas os uruguaios (novamente eles), vice-líderes, impedem que o pódio seja 100% europeu.

A lista classificatória de seleções não tem um país de outro canto do mundo no topo desde antes da Copa de 2010, quando o Brasil, hoje quinto, ocupava o primeiro lugar.

O período de 24 meses já é o mais longo sem que um não europeu passe pelo alto do ranking, criado em 1993.

PELO BI

A Espanha, atual campeã mundial e líder ininterruptamente desde setembro do ano passado, tenta ser a primeira seleção a faturar duas edições consecutivas do Continental.

O país é o que mais emplacou jogadores entre os finalistas do prêmio de melhor do mundo nos últimos quatro anos: os meias Xavi e Iniesta e o atacante Fernando Torres.

Apesar de o argentino Messi, criado futebolisticamente na Espanha, ser tricampeão, a presença dos outros continentes na eleição tem caído.

O camisa 10 do Barcelona foi o único não europeu entre os três primeiros das quatro eleições mais recentes, fato inédito no prêmio da Fifa.

A troca da origem do pé de obra já pode ser observada nos clubes que foram sensação da última temporada.

O Chelsea, que faturou a Copa dos Campeões, era exceção ao escalar três ou quatro não europeus entre os 11.

Juventus e Borussia Dortmund foram campeões nacionais com dez europeus no time. Nove titulares do Real Madrid, vencedor do Espanhol, estão na Eurocopa.

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