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Polônia tenta reviver passado de glórias
VÔLEI DE SÃO PAULO Há uma semana, a Polônia não só fazia a contagem regressiva para a Eurocopa, como também celebrava o segundo triunfo da equipe masculina de vôlei sobre o Brasil do técnico Bernardinho na atual edição da Liga Mundial. Ao sul do país, em Katowice, 11 mil pessoas -a maioria empunhando faixas alvirrubras- explodiam eufóricas num ginásio lotado. Hoje, Brasil e Polônia duelam duplamente, na Liga Mundial e no Grand Prix. Enquanto os homens jogam em São Bernardo, as mulheres se enfrentam na Polônia. "Há uma cultura de vôlei muito forte lá. Os ouros na Olimpíada de 1976 e no Mundial de 1972 foram duas das maiores conquistas da história do esporte polonês. Então, eles são apaixonados pelo vôlei. E isso atravessou as gerações", conta o técnico Daniel Castellani, que ajudou a montar a base da atual seleção. Em 2009, o argentino concorreu com 11 candidatos em um processo seletivo promovido pela federação polonesa. O objetivo era escolher um comandante que pudesse levar o país de novo para o topo do vôlei mundial. "Eu me surpreendi com o que encontrei lá. Tem uma liga muito forte com todos os ginásios lotados sempre", conta o técnico. "A Polônia hoje, ao lado de Brasil e Rússia, é o país que mais produz bons jogadores no mundo." Com ele, a Polônia tornou-se campeã da Europa em 2009, mas naufragou no Mundial de 2010, ficando em 13º lugar, o que o levou a ser demitido. Mesmo assim, o legado foi deixado para seu sucessor, Andrea Anastasi. Desde a chegada do italiano, a Polônia se manteve no pódio. Em 2011, foi bronze na Liga Mundial, no Europeu e prata na Copa do Mundo. Às vésperas da Olimpíada de Londres, é uma das principais favoritas à medalha. "Ganhar uma medalha olímpica é um sonho, mas nós acreditamos no nosso trabalho", afirma Anastasi. "Se não acontecer, tudo bem. Temos uma equipe jovem e um grande futuro no vôlei." A maioria dos jogadores da atual equipe nem tinha nascido quando a Polônia brilhou nas quadras nos anos 70. Mas alguns dos campeões olímpicos ainda trabalham no vôlei polonês, ajudando a formar os futuros campeões. "Não os vi jogar, mas um é meu técnico no clube e outro é dirigente", conta Winiarski, referindo-se respectivamente a Skorek e Bosek, dois expoentes da geração de ouro. "O vôlei hoje é o segundo esporte do país. Às vezes, é até o primeiro. Se a seleção de futebol não estiver em alguma competição importante, todo o país nos acompanha", afirma Winiarski. Poucos poloneses devem ter acompanhado a vitória do time de vôlei sobre o Canadá, na sexta, que ocorria ao mesmo horário em que a seleção de futebol estreava contra a Grécia, na Euro. Mas, com o frustrante empate no futebol, é bem capaz de os olhos dos torcedores se voltarem novamente para o esporte que pode lhes render mais glórias.
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