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Sharapova, nova número um do mundo, coroa retorno ao topo com título de Roland Garros e completa o Grand Slam

Kenzo Tribouillard/France Presse
Maria Sharapova vibra após vencer no saibro francês
Maria Sharapova vibra após vencer no saibro francês

DE SÃO PAULO

A mais midiática tenista de todos os tempos provou mais uma vez que merece um lugar na história também por seus feitos esportivos.

A russa Maria Sharapova, 25, conquistou ontem o título de Roland Garros e completou o Career Grand Slam (ser campeã dos quatro principais torneios do circuito).

Antes dela, somente cinco mulheres (Margaret Court, Chris Evert, Martina Navratilova, Steffi Graf e Serena Williams) haviam atingido o feito no profissionalismo (a partir de 1968).

"Demorei muito tempo para chegar a esse estágio. Foram oito anos desde o meu primeiro título de Grand Slam", afirmou, lembrando-se de Wimbledon-2004.

A introdução de Sharapova nesse seleto grupo veio com a vitória sobre a italiana Sara Errani por 6/3 e 6/2.

O título no Grand Slam francês também coroou o retorno da russa ao topo do ranking. Ela se tornou a número um pela primeira vez em 2005, aos 18 anos. A última vez que ocupou o posto foi em junho de 2008.

Uma grave contusão no ombro direito, no entanto, deixou a tenista russa afastada das quadras por nove meses, entre 2008 e 2009.

"Foi um longo processo para a volta", declarou Sharapova, que despencou para a 126ª colocação no ranking.

"Foram muitos dias de frustração e incertezas. Eu poderia ter dito: 'Não preciso disso. Tenho dinheiro, fama, vitória, Grand Slams'. Mas, quando você ama algo maior que essas coisas, você continua acordando cedo quando está frio lá fora. Acredito que possa atingir coisas maiores. É por isso que estou aqui."

O intervalo de 209 semanas de Sharapova para voltar a ser a líder do ranking é o terceiro mais longo desde que a lista da WTA (Associação das Tenistas Mulheres) foi criado, em novembro de 1975.

Apenas a americana Serena Williams (265 semanas) e a belga Kim Clijsters (256) conseguiram voltar ao topo após períodos mais longos.

No começo da carreira, Sharapova chegou a ser comparada a Anna Kournikova. Também loira e russa, Kournikova fazia muito sucesso fora das quadras, mas, apesar de ter sido número um do mundo em duplas, jamais ganhou um título individual.

Diferentemente da compatriota, porém, Sharapova tem uma história de determinação em busca do sucesso em quadra. Ela chegou aos EUA para treinar aos 7 anos, sem a companhia da mãe.

Mesmo quando já era uma tenista profissional de sucesso, submeteu-se a um treino específico para melhorar sua movimentação, sob orientação do preparador Yutaka Nakamura. O saibro, que exige que os tenistas deslizem em busca da bola, era reconhecidamente o piso em que ela tinha mais dificuldade.

A recompensa veio ontem. Sharapova logo abriu 4 games a 0. Errani, em sua primeira final de Grand Slam, ainda conseguiu equilibrar um pouco a partida, mas não evitou a consagração da rival.

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