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Difícil de assistir

Focados em outras competições, São Paulo e Santos fazem jogo ruim, mas time do Morumbi ao menos soma três pontos e vê redenção de Paulo Miranda

São Paulo 1
Paulo Miranda, aos 7min do 1º tempo
Santos 0

ADRIANO WILKSON
LEONARDO LOURENÇO
DE SÃO PAULO

Parece que São Paulo e Santos combinaram: em 90 minutos de antifutebol, os rivais representaram com precisão o atual momento dos times paulistas no Brasileiro.

Foi o primeiro clássico desta edição do campeonato. E deve ter sido uma das piores partidas entre as duas equipes nos últimos anos.

É verdade que os dois clubes estão mais focados em outros torneios. Santos e São Paulo disputam partidas decisivas na Libertadores e Copa do Brasil, respectivamente, no meio da semana.

A vitória do São Paulo ontem consolidou sua condição de melhor clube do Estado no Nacional. É o único paulista com duas vitórias, seis pontos. Não que signifique jogar bem. Muito pelo contrário.

O São Paulo jogou futebol por apenas sete minutos. Foi o tempo que precisou para achar um gol e recuar. Esteve acuado demais por um Santos que contou com apenas três jogadores titulares.

O gol da vitória foi também o da redenção do zagueiro Paulo Miranda. Contra este mesmo Santos, na semifinal do Paulista, ele foi o culpado pela eliminação tricolor.

Acabou sacado do time pela diretoria, fato que desencadeou polêmica entre a cartolagem e o técnico Emerson Leão. Ontem, Paulo Miranda completou de cabeça um cruzamento na área, deu a vitória para o seu time e um pouco de paz para si mesmo.

"Tudo aquilo que aconteceu me deu um ânimo a mais para jogar esse clássico", declarou o zagueiro.

É verdade que depois ele quase entregou o ouro de novo. Foi driblado por Léo, e o São Paulo, por pouco, não tomou o empate. Seu colega de zaga, Rhodolfo também cometeu um erro incrível e quase provoca gol do adversário.

Com exceção de lances isolados de contra-ataque, o time da casa pouco assustou os visitantes depois de ficar em vantagem no placar.

O meia-atacante Lucas, que entrou em campo um dia após defender a seleção brasileira, teve a chance de marcar o segundo no começo da etapa final, mas concluiu mal sua bela jogada individual.

"O que interessa no Brasileiro são os pontos", disse o volante Cícero, admitindo o futebol ruim apresentado.

Do lado santista, o técnico Muricy Ramalho se irritava à beira do gramado com os erros e o desentrosamento de sua equipe. A espinha dorsal de seu esquema tático estava desfigurada por conta de seus inúmeros desfalques.

A armação ficou a cargo de jogadores como Gerson Magrão e Felipe Anderson, que, outra vez, decepcionaram.

"Os jogadores que estão aqui têm que mostrar futebol, ter responsabilidade", disse o lateral Léo, um dos mais experientes do elenco santista.

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