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Nacional põe abaixo plano antiobsessão

CORINTHIANS
Tropeços fazem equipe sentir de novo pressão na Libertadores

LUCAS REIS
DE SÃO PAULO

O plano corintiano de diminuir a obsessão pela Libertadores ia muito bem. Até que o Brasileiro começou.

A péssima largada do clube no Nacional -em pontos, a pior desde 1995- põe em xeque a blindagem corintiana contra focos de crise. Entre os torcedores, cresce a aflição para que o time passe pelo Santos e chegue, enfim, a uma final de Libertadores.

Jogadores dizem que não, mas as três derrotas no Nacional tiram um pouco da empolgação causada pela épica classificação ante o Vasco.

A pausa de 20 dias sem jogos do torneio continental definitivamente não fez bem ao Corinthians, que, entre os semifinalistas, foi o único a não ter jogadores na seleção e não perdeu ninguém por lesão.

Dos quatro jogos no Nacional, em dois Tite escalou a base titular: perdeu do Atlético-MG e empatou em casa com o Figueirense por 1 a 1.

A diretoria não contava com estes tropeços. Desde o início da Libertadores, o clube blindou e eliminou todo e qualquer foco de polêmica.

Mais recentemente, pagou a premiação atrasada do título do Brasileiro aos jogadores e para toda a comissão técnica -uma injeção de ânimo de cerca de R$ 7 milhões.

Ao mesmo tempo, Mário Gobbi, presidente avesso a entrevistas, falou, na última sexta-feira, durante uma hora: jogou panos quentes em polêmicas envolvendo declarações de cartolas e negou suposto racha com seu antecessor, Andres Sanchez.

"Não há crise aqui dentro", declarou o cartola.

Blindar o time foi a tônica do clube desde o começo da Libertadores. Dois dias após a eliminação do Paulista, por exemplo, o clube escalou Júlio César, o vilão da derrota contra a Ponte Preta, para dar entrevista coletiva. Assumiu a culpa e fim de papo: Cássio entraria e fecharia o gol.

Respeitar a torcida, que fez coro pela saída de Júlio César, também fez parte do processo. O clube nem sequer cogitou sair do Pacaembu no jogo de volta da semi da Libertadores, como queria o Santos. No último jogo em casa, contra o Figueirense, até baixou o preço dos ingressos.

Até o caso Adriano mostrou o esforço em evitar respingos no time. O clube o mandou embora por reincidência e, ao notar que haveria batalha jurídica, entrou logo em acordo financeiro.

"Não há pressão [causada pela fase no Nacional]", diz Danilo. "Contra o Santos é outra história." O Corinthians treinará hoje na Vila Belmiro e já dormirá em Santos.

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