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Um time

Corinthians exibe melhor conjunto na Vila, domina o Santos e larga na frente na semi da Libertadores

Santos 0
Corinthians 1
Emerson, aos 27min do 1º tempo

ADRIANO WILKSON
LUCAS REIS
MARCEL RIZZO
ENVIADOS ESPECIAIS A SANTOS

Quando Paulinho resolveu arrancar em direção ao gol, o jogo ficou armado para o Corinthians. A defesa santista partiu a seu encontro e deixou Emerson solto do outro lado. Paulinho lhe soltou a bola. E ele a entregou ao gol.

Foi um chute perfeito, com curva, no ângulo, bem longe do alcance de Rafael. Um lance de raro talento individual. O Corinthians abria o placar.

E o placar ficou assim até o final. A defesa intransponível corintiana, que sofreu apenas dois gols na Libertadores, e sua coletividade eficiente venceram o ataque individualista do Santos.

A vitória deixa o alvinegro da capital perto de uma inédita final de Libertadores.

E obriga o alvinegro praiano a vencer no Pacaembu na partida de volta, quando pegará 11 rivais em campo e outros 40 mil na arquibancada.

O passado dará um tempero especial ao jogo decisivo, na próxima quarta-feira.

O Corinthians não costuma ser eliminado de mata-mata de Libertadores quando ganha o primeiro jogo.

Tal situação só aconteceu uma vez: contra o Palmeiras em 2000, também na semifinal, no maior trauma do time nesta competição.

Ontem, teve de tudo.

Gol, nervosismo, brigas em campo, na arquibancada, expulsão e até um blecaute de 18 minutos quando o jogo estava no segundo tempo.

A torcida preparou festa para receber o Santos. E o Corinthians preparou uma surpresa para a Vila Belmiro.

Como ninguém podia imaginar, os visitantes tomaram o controle da partida logo após o apito inicial.

Tite adiantou a marcação do time e o fez ter muita paciência para tocar a bola no campo adversário.

Quando o Santos tentava igualar as forças, empurrado pela empolgação da torcida, houve o gol. Depois, o Corinthians tomou conta de seu campo de defesa. O nervosismo tomou conta do Santos.

Neymar estava apagado, como poucas vezes esteve em momentos decisivos do seu time. Irritado com a marcação, recebeu até um amarelo que poderia ser vermelho.

Paulo Henrique Ganso, que voltava após se recuperar em tempo recorde de uma cirurgia, decepcionou de novo. Até conseguiu alguns bons passes, mas não foi decisivo.

O técnico santista, Muricy Ramalho, não costuma mexer no time no intervalo.

Mas ontem não teve jeito, não havia tempo. Voltou à segunda etapa com Borges, atacante, no lugar do meia Elano, que errava demais.

A mudança fez o Santos pressionar o Corinthians contra seu campo. A pressão ficou absurda quando Emerson, autor do gol, foi expulso por falta violenta em Neymar.

Antes, o time da casa ia à frente sem objetividade. Com um homem a mais, conseguiu espaço para finalizar ao gol.

Foi aí que apareceu Cássio, o goleiro que fez grandes defesas, abusou da cera, garantiu a vitória ao Corinthians e se consolidou como o ícone de sua defesa bem firmada.

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