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Torre no Parque Olímpico de Londres desperta amor e ódio

RODRIGO RUSSO
DE LONDRES

Concebida para ser um novo cartão-postal de Londres, a torre The Orbit ("A Órbita") já causa polêmica na cidade.

Instalada no Parque Olímpico, a construção foi majoritariamente financiada pelo empresário indiano Lakshmi Mittal, magnata do aço e dono da empresa ArcelorMittal.

A imprensa relata que a ideia de Mittal patrocinar a obra surgiu em um encontro por acaso com o prefeito de Londres, Boris Johnson, num banheiro do Fórum Econômico Mundial de Davos-2009.

Projetada pelo premiado artista britânico Anish Kapoor, também de origem indiana, e pelo engenheiro Cecil Balmond, a obra é a maior escultura pública do Reino Unido, com 115 metros de altura e custo de 22,7 milhões de libras -quase R$ 70 milhões.

As comparações com a Torre Eiffe são inevitáveis. A construção parisiense, de 324 metros de altura, também foi questionada quando surgiu.

Kapoor já declarou que a controvérsia é normal. "Haverá os que odeiam a torre e os que amam. A Torre Eiffel foi odiada durante 50 anos. Agora é uma chave de como entendemos Paris", disse.

Para alguns críticos, a Orbit é como a "Torre Eiffel depois de um ataque nuclear". Outros afirmam que a construção, com 455 degraus, é similar a uma montanha-russa, mas de preço exorbitante.

"Kapoor e Balmond são designers de alta categoria, mas este não é o melhor trabalho deles", disse Sarah Ichioka, diretora da Architecture Foundation. Uma pesquisa on-line do jornal "Guardian" mostrou 61,8% dos internautas contrários ao seu design e apenas 38,6% a favor.

Um dos defensores da Orbit é Nicholas Serota, diretor da prestigiosa galeria de arte Tate. Para ele, a torre é "uma bela e chamativa escultura".

O projeto foi escolhido de forma unânime por nove especialistas. Em um dia sem neblina, a torre, de dois andares, permite que se enxergue a até 30 km de distância.

A Orbit será aberta para visitação na Olimpíada, ao custo de 15 libras (pouco mais de R$ 45). Depois, só voltará a abrir plenamente em 2014.

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