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Tostão

Façam as apostas

Mesmo os craques, como Neymar, quando são muito bem marcados, algumas vezes não brilham

O Corinthians não é apenas um time organizado, disciplinado e pragmático. Possui também bons jogadores. Individualmente, está no nível das melhores equipes brasileiras.

Como ocorreu nas duas partidas contra o Vélez e na maior parte dos amistosos do Brasil, Neymar não brilhou no primeiro jogo contra o Corinthians, principalmente porque foi muito bem marcado e não pelo cansaço. Se existe, o cansaço é mais emocional, por causa dos milhares de compromissos comerciais impostos pelo marketing e pelos contratos para mantê-lo no Brasil.

Neymar passa a impressão de que não está cansado de tantas badalações e que adora tudo isso. Mas precisa tomar cuidado. Apesar de ser um jogador especial, a sociedade idolatra, consome e descarta rapidamente seus ídolos. Além disso, por não haver outro grande craque no Brasil, há uma pressa, uma ansiedade coletiva, em fazer de Neymar, antes de ele ser, um Messi, quase um Pelé. Tecnicamente, o Santos e qualquer outro time brasileiro são pequenos para seu talento.

Tite deve repetir a formação tática, com o esperto Jorge Henrique mais recuado e pela direita, de onde Neymar costuma iniciar suas arrancadas. Hoje é outra partida. A inspiração de Neymar e as circunstâncias do jogo podem favorecer o Santos.

O Santos é um time torto. Quase todas as jogadas são feitas pelo centro ou pela esquerda. Henrique não sabe apoiar, e Elano, ao voltar para marcar ao lado dos volantes, não consegue chegar à frente para executar seus ótimos cruzamentos.

Pela Copa do Brasil, fora de casa, são pequenas as chances do Grêmio. Palmeiras e Grêmio estão no mesmo nível. Antes do primeiro jogo, assisti a várias partidas do Grêmio e não vi nada especial, como tanto falavam, com exceção do volante Fernando.

Antes da partida, Felipão estava ultrapassado. Agora, virou decisivo, genial, apenas porque colocou o zagueiro Henrique de volante. Parte da imprensa não perde o hábito de achar sempre o técnico uma maravilha, quando o time ganha, e péssimo, quando perde.

O Coritiba, diferentemente do Grêmio, jogou bem várias partidas que perdeu. Mas será difícil a classificação, já que, se levar um gol, terá de fazer três, ainda mais que o São Paulo tem três jogadores excelentes do meio para a frente, Luis Fabiano, Lucas e Jadson.

O que sente um atleta antes de uma decisão? Principalmente, medo, de perder e de falhar. Muitos se sentem culpados, como se fosse uma falha moral, de caráter.

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